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Política Domingo, 16 de Março de 2025, 12:07 - A | A

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MISOGINIA

HNT TV: Pioneira, secretária avalia que mulheres precisam “entregar mais” para ter reconhecimento

De acordo com a jornalista, o público feminino ainda enfrenta preconceito no mercado de trabalho e precisa provar sua competência reiteradas vezes

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

A jornalista e advogada Laice Souza avalia que as mulheres precisam entregar mais que os homens para comprovar sua competência. Primeira mulher a assumir o comando da Secretaria de Estado de Comunicação em Mato Grosso, Laice lidera um time de profissionais aguerridas há seis anos. Mas para ter autonomia de chefe, foi necessário desenvolver sua resiliência, provando reiterada vezes suas habilidades.  

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"Nós mulheres, além da gente ter que provar que é qualificada para exercer o cargo, a gente tem que entregar um pouquinho mais do que um homem entregaria para realmente validar o nosso trabalho", disse Laice Souza em entrevista ao HNT TV

Nós mulheres, além da gente ter que provar que é qualificada pra exercer o cargo, a gente tem que entregar um pouquinho mais do que um homem entregaria para realmente validar o nosso trabalho

O julgamento não fica restrito ao mercado de trabalho. Segundo ela, as mulheres também são "julgadas" pela forma como lidam com a família. Dedicada à carreira em tempo integral, a jornalista conta com a parceria do marido para cuidar dos filhos.

"Eu tenho a sorte de ter alguém que me dá essa base pra que eu possa me dedicar como um homem teria suporte para se dedicar", emendou Laice.

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É o esposo da secretária que auxilia a levar os filhos à escola, acompanhar nas consultas médicas e demais tarefas que a "patente" do alto escalão do governador Mauro Mendes (União Brasil) não lhe permitem cumprir durante o expediente. 

"Gosto de contar a história do meu marido. Ele que leva e busca no médico, se tem que comprar alguma coisa para a escola é ele que corre atrás. As pessoas acham lindo um homem que se dedica à família. As pessoas falam: 'meu Deus, vai sair para levar o filho no médico'; 'saiu cinco minutinhos mais cedo pra buscar o filho na escola", falou. 

Mas há também a contrapartida. Conforme a secretária, quando uma mulher se dedica muito aos filhos, se torna indesejável para o mercado. "Se for mulher: 'por isso que não contrato mulher; não coloca o trabalho à frente de tudo'. Olha como é diferente o conceito", finalizou. 

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