Uma nova restrição nos orçamentos da Universidade e do Instituto Federal de Mato Grosso (UFMT e IFMT) ameaça a permanência dos estudantes nas instituições. A medida ganhou repercussão nesta quarta-feira (5). Nos Institutos Federais, o impacto foi de R$ 147 milhões e de R$ 328 milhões para as Universidades. Especificamente no IFMT, a redução deve chegar a R$ 4 milhões. Já a UFMT ainda não repassou a estimativa.
O contingenciamento inviabiliza o planejamento orçamentário e ameaça a permanência de estudantes nas instituições. Isso porque, com orçamento reduzido, benéficos de assistência estudantil podem ser ainda mais limitados. Muitos estudantes dependem diretamente das ações assistenciais para permanecer estudando.
É o que alerta o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica (Conif) em nota.
“Diante desse contexto financeiro e orçamentário caótico, quem perde é o estudante, que será impactado na continuidade de seus estudos, pois os recursos da assistência estudantil são fundamentais para a sua permanência na instituição. Transporte, alimentação, internet, chip de celular, bolsas de estudo, dentre outros tantos elementos essenciais para o aluno não poderão mais ser custeados”, diz trecho.
Desde o início do ano os Institutos e Universidades Federais vêm acumulando perdas que, somadas, ultrapassam a casa dos bilhões. Somente nas Universidades, ao longo de todo o ano, o déficit foi de R$ 723 milhões. Nos Institutos Federais, a estimativa é de que a perda tenha alcançado R$ 300 milhões.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) convocou para esta quinta-feira (6) uma reunião remota para debater as providências que serão tomadas frente à nova retração no orçamento. Segundo a diretoria da entidade, que lutava para reverter outros bloqueios e cortes efetivados em 2022, o novo contigenciamento coloca em risco todo o sistema das universidades.
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