O governador Mauro Mendes (União Brasil) reiterou que investigações estão em andamento para identificar e prender autores de incêndios criminosos em Mato Grosso. Dezessete suspeitos foram presos e a tendência, de acordo com Mauro, é que o número aumente. Mendes reconheceu que a seca severa que atinge o estado contribui, porém, segundo ele, a matéria seca não sofre "combustão natural" e imputou à "lei frouxa" a sensação de impunidade que favorece a ação de criminosos.
"Tempo seco, muita matéria orgânica seca, mas isso não tem combustão natural. Tem muita ação criminosa, ação por falta de cuidado das pessoas, por irresponsabilidade ou negligência. A polícia já prendeu 17 pessoas supeitas por colocar fogo de forma proposital e estão sendo investigados outros casos", asseverou o governador em entrevista à Rádio Bandeirantes nacional nesta quinta-feira (12).
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A ação humana também se evidencia em incêndios registrados próximo a comunidades indígenas. Mauro apontou que hábitos culturais ou o manejo de áreas agrícolas acabam resultando em queimadas "fora de controle". Nestas regiões, os bombeiros e brigadistas têm muita dificuldade para acessar os locais pois estão protegidos pela mata fechada, sem estradas ou fontes de água.
"Os povos indígenas têm por tradição algumas queimadas e manejo de áreas. Quando o fogo sai do controle em uma reserva muito grande, se reserva federal, esse fogo sai da reserva em região que demoram até 50 km para chegar, sem uma estrada se quer", explicou.
O governo de MT tem 900 bombeiros empenhados no combate ao fogo, mas as dimensões continentais do estado não favorecem o trabalho. Conforme Mauro, Mato Grosso tem o terceiro maior território do país. Ele acredita que o endurecimento das leis iriam contribuir com a ação das forças de segurança.
"Espero que tenhamos leis mais duras ao ponto de desestimular a prática desse crimes ambientais e dos crimes que são praticados contra a vida humana", finalizou.
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