O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que o presidente Lula (PT) não respondeu os pedidos de uma reação ao mercado francês após o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, sugerido um boicote à carne dos países do Mercosul. Conforme Mendes, a única manifestação do governo federal foi do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), que, segundo ele, não correspondeu às expectativas dos produtores mato-grossenses.
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Apoiado no princípio da reciprocidade, Mendes propôs que Lula fechasse as portas aos produtos franceses. O governador disse que convocaria a bancada de Mato Grosso, estado que representa a maior produção agropecuária do país, para construir um projeto de lei criando barreiras à importação. Mauro também incentivou os consumidores mato-grossenses a retribuírem o boicote, deixando de comprar no Atacadão, que pertence ao grupo Carrefour.
"É prático, não tive nenhuma resposta. Nós fizemos um pronunciamento em rede social, teve a maior repercussão, chegou no governo federal, fizemos contato lá, vi a fala do ministro Carlos Fávaro e cobramos uma reação dura", falou o governador ao Metrópoles nesta terça-feira (26).
Fávaro se pronunciou por meio de nota do Mapa. A Pasta do governo federal destacou que não aceitaria mecanismos para "manchar" a imagem da agropecuária brasileira que segue uma legislação ambiental rígida, norteada pelo Código Florestal. O ministro também pontuou que a União Europeia é um parceiro comercial antigo cujas "autoridades sanitárias, a qualidade e sanidade das carnes produzidas no Brasil há mais de 40 anos".
Mauro Mendes pontuou que o governo federal é quem faz a ponte para diálogos com países aliados e a flexibilidade poderia representar ameaças futuras.
"Quem fala pelo Brasil não somos nós, mas é o governo federal. Houve um posicionamento, mas não foi à altura que requeria, esperávamos uma manifestação mais dura contra o Carrefour", finalizou.
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