O governador Mauro Mendes (União) descartou investimentos na instalação de bloqueadores de sinal de celular nos presídios. Fala ocorreu durante lançamento do Programa “Tolerância Zero ao Crime Organizado” nesta segunda-feira (25). O plano de ação pretende reforçar as ações de combate às facções criminosas que assolam o Estado.
Para o governador, o contrabando de aparelhos telefônicos para o interior das unidades prisionais representa a ineficiência na gestão.
“Nós vamos implementar um plano para não entrar celular lá dentro do presídio. Isso é sintoma de que falhas estão acontecendo. Você não pode dar mais uma despesa ao contribuinte. O certo é não permitir a entrada de celular dentro do escritório. E quem permitir terá que sofrer as providências previstas no estatuto do servidor ou na legislação”, afirmou Mendes.
A posição do governador é diferente do desembargador e integrante do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (GMF), Orlando Perri. Para este, que também participou do lançamento nesta segunda, o bloqueio do sinal de celulares é a maneira de impedir que crimes sejam comandados a partir das celas no Estado.
Conforme Perri, a rotina de revistas e apreensão de aparelhos não trará o resultado necessário no combate ao crime organizado. É necessário a contratação de uma empresa especializada para impedir o sinal.
“Vão continuar tirando (aparelhos) em todas as operações que tiverem lá. Porque a corrupção não vai acabar nesse país tão cedo”, declarou. O desembargador elencou um sistema israelense, que ainda não é empregado no país, e foi visitado por autoridades do estado como o mais eficaz para se implantar em Mato Grosso.
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