O líder do governo, Marcrean Santos (MDB), alfinetou os colegas de Câmara após a Justiça conceder liminar suspendendo o processo de cassação contra o vereador por uma suposta invasão à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). De acordo com Marcrean, os vereadores estão mais empenhados em tentar retirá-lo do Legislativo do que descobrir a causa da morte da paciente que motivou a suposta invasão. O vereador disse que a mulher, identificada como Vilma, era vítima de maus-tratos e que ele tem registros para comprovar a afirmação.
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"Não estou vendo a Câmara preocupada com o porque que aquela mulher entrou lá. Ficou 30 dias desassistida e tem documentos que provam a situação de maus-tratos. Mas ninguém está preocupado com a causa da morte dessa mulher", disparou Marcrean Santos nesta terça-feira (3) à imprensa.
Marcrean diz que é próximo aos familiares da vítima que o acionaram para tentar acessar a paciente. O vereador foi pessoalmente ao hospital. O médico Marcos Vinicius de Oliveira alega que ele usou um nome falso, se passando por "Zé Maria". Depois, forçou a entrada em UTI constrangendo os pacientes. O líder do governo não comentou sobre as acusações do médico, mas destacou que foi ao hospital para tentar "salvar uma vida".
"Eu nunca fui ao pronto-socorro para entrar em UTI e visitar ninguém. Fui lá pra tentar ver se conseguia salvar uma vida, onde o médico ignorou a minha ida lá, ele era responsável pela unidade ostensiva, e criou esse imbróglio", falou. "Eu não poderia me furtar de ir até lá para checar essa denúncia", continou.
O parlamentar diz que os familiares de Vilma não foram informados pelo médico que a paciente precisava ser operada e que o procedimento tinha risco de morte. Eles foram chamados apenas após a mulher não resistir ao tratamento e morrer.
"Os médicos deveriam ter chamado a família para avisar que era uma cirurgia de risco, mas convidaram a famíia só para assistir a morte dela. A Câmara não tem intesse de investigar isso?", questionou.
Marcrean ainda pontuou que recomendou os familiares da paciente a registrar uma denúncia por maus-tratos. Ele também afirmou que fez uma denúncia contra Marcos Vinicius na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
"Os familiares deram encaminhamento e eu abri um procedimento administrativo na Secretaria de Saúde contra o médico. Você não pode banalizar uma vida desse jeito", finalizou.
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