Ampliar as alianças da “Federação Brasil Esperança” entre PT, PV e PCdoB foi uma dos motivações que trouxeram a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, a Mato Grosso na última sexta-feira (23). O MDB do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, é uma das siglas que estão na mira da deputada federal ao sinalizar ao diretório municipal a necessidade de deixar o papel de oposição e migrar para a base do chefe do Alencastro, cuja esposa, Márcia Pinheiro (PV), pleiteou o governo como candidata de Lula (PT) e trabalhou em prol da sua campanha à presidência. PSD, PDT e a Federação entre o Psol e Rede também estão entre os alvos de possíveis conjecturas.
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“Foi muito importante essa união da Federação para que a gente pudesse dar essa atenção ao presidente Lula. Foi muito importante que o PV pudesse estrar conosco para a gente fazer essa travessia e caminhada”, falou Gleisi Hoffmann ao lado de lideranças do Partido Verde.
A deputada federal replicou as orientações da nacional a Mato Grosso e reforçou que o partido não abrirá mão de uma candidatura própria em Cuiabá. O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e a ex-deputada federal Rosa Neide (PT) são as indicações. A definição sobre quem será o pré-candidato do lado petista será feita até novembro.
O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa, é a escolha do Partido Verde. Seu nome é ventilado desde as eleições para o Executivo estadual, quando saiu de cena para Márcia Pinheiro concorrer. Stopa elogiou a iniciativa de Gleisi ao sentar com os membros da Federação durante um almoço no sábado.
“Gleisi é um dos maiores expoentes do Partido dos Trabalhos e estamos aqui discutindo a Federação. Essa conversa é importante para que a gente tenha um processo político em Mato Grosso claro e transparente", declarou o vice de Emanuel Pinheiro.
AMPLA ALIANÇA
Além do MDB, Gleisi também entende ser benéfica a configuração com os apoiadores de Lula trazendo para a campanha pela prefeitura de Cuiabá PSD, PDT e a Federação Psol/Rede. O secretário de organização do PCdoB, Miranda Muniz, disse ao HNT que a deputada chegou a citar o acerto pactuado entre o diretório estadual, presidido pelo deputado estadual Valdir Barranco (PT), e o prefeito de Cuiabá que, inclusive, cedeu cargo comissionado na Secretaria Municipal de Saúde à esposa do parlamentar. Segundo Muniz, a nacional exige um "aperto de mãos" entre as lideranças do diretório municipal e Emanuel Pinheiro para fortalecer os interesses da Federação.
"O PT municipal emitiu documento em oposição ao prefeito. Mas Gleisi explicou que, de 2020 para cá, houve muitas mudanças e que a conjuntura mudou. Ela manifestou que em sua visão o diretório municipal deve reavaliar essa questão de oposição", falou Muniz.
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ESQUERDA DÁ LIÇÃO
A articulação da esquerda para somar partidos vai contra movimentações observadas pela linha conservadora. No União Brasil, por exemplo, as eleições amplificaram as diferenças causando rompimentos entre o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), e o deputado federal Fábio Garcia (UB). O PL é outro grupo que está dividido entre apoiadores do deputado federal Abilio Brunini (PL) e do presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Chico 2000 (PL), que também querem disputar o Alencastro.
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