O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, disse que a proibição de contato entre o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, gerou ruídos na comunicação, refletindo em "discordâncias" quanto as articulações das eleições em Sinop (a 480 km de Cuiabá). O prefeito reeleito, Roberto Dorner, deixou o Republicanos para se filiar ao PL. Costa Neto o recebeu e afiançou apoio, porém, Bolsonaro decidiu ficar no palanque da empresária Mirtes da Transterra (Novo).
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Jair Bolsonaro e Valdemar não se falam desde fevereiro quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A defesa do ex-presidente tem impetrado recursos para flexibilizar o deferimento, mas até agora não obteve sucesso. Segundo Ananias, outras cidades de Mato Grosso também foram afetadas com o cerceamento.
"O presiente Jair Bolsonaro e o presidente Valdemar não estão podendo se comunicar. Eles não se comunicam. Infelizmente, por uma determinação, que considero um tanto quanto abusiva do ministro Alexandre de Moraes, que proibiu a comunicação entre o presidente Jair Bolsonaro e o Valdemar. Portanto, essa discordância de pensamentos", explicou Ananias Filho à TV Cidade Verde nesta segunda-feira (28).
O desentendimento entre os líderes partidários expôs Roberto Dorner. Quando Jair Bolsonaro visitou Cuiabá para apoiar o lançamento da candidatura do prefeito eleito, Abilio Brunini (PL), Dorner tentou subir no carro de Bolsonaro, mas foi impedido por seguranças. À época, vídeos do episódio viralizaram em Mato Grosso, destacando o desprezo do ex-presidente ao correligionário.
Dorner também foi ignorado por Bolsonaro em Sinop. Enquanto Mirtes desfilou em carro aberto ao lado de Jair, Dorner disputava espaço na agenda para ficar alguns minutos ao lado dele e fazer fotos. As fotos captadas pela equipe de Mirtes foram utilizadas na campanha eleitoral. Roberto Dorner ingressou na Justiça e conseguiu derrubar as peças compartilhadas nas redes sociais. Mesmo diante da polêmica, Bolsonaro cumpriu com o prometido a Mirtes, mantendo o apoio.
"O presidente Bolsonaro cumpriu com a palavra dele quando saiu a decisão sobre o Dorner na convenção. Ele honrou, fez um vídeo, não pedindo voto diretamente, mas fez um vídeo pra Mirtes. Está superado. Se os dois pudessem fazer o que a democracia fala de dois líderes poderem conversar no partido, tenho cereza que eles iriam se acertar e nada disso viria a público. Mas, infelizmente, o PL foi prejudicado em várias cidades por essa falta de comunicação", falou Ananias.
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