O prefeito eleito em Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que estará na Câmara, nesta terça-feira (29), para discutir com os vereadores a Lei de Orçamento Anual (LOA) 2025 e o Plano Diretor. Segundo ele, a receita para o primeiro ano do mandato está superestimada, o que pode implicar em gastos além do que a administração suportaria, elevando a dívida pública.
"Quero conversar com eles sobre a LOA, acho que a LOA está superestimada e, por isso, pode criar lançamentos de despesas superstimados que não terá orçamento de despesa adequada. Precisamos reajustar o orçamento", falou Abilio à Rádio Centro América nesta segunda-feira (28).
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Após se reunir com os vereadores, ele seguirá para Brasília, onde cumprirá a agenda de deputado federal. Abilio retorna na quinta-feira (30) para avançar com as tratativas da transição.
"Vou estar indo a Brasilia à tarde. Continuo deputado fedral e agora as sessões não podem mais ser online, voltam a ser presenciais e tenho que estar terça, quarta e quinta. Quinta à tarde, volto a sentar com nossa equipe", explicou.
Ainda conforme Abilio, até o valor da dívida da Prefeitura de Cuiabá é incerto. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) divulgou que o Executivo municipal deve cerca R$ 1,2 bilhão. Porém, as pendências financeiras podem ultrapassar os R$ 2 bilhões. Abilio determinará pagamentos emergenciais, contingenciando o problema e evitando que serviços essenciais sejam paralisados.
Ao votar, neste domingo (27), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que entregará as chaves do Palácio Alencastro a Abilio com R$ 5,6 bilhões em caixa. O número diverge do apontado pelo presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), ao mencionar a LOA 2025 em plenário aventou o valor de R$ 4,8 bilhões. Embora seja quase R$ 1 bilhão a menos do que o sugerido por Emanuel, a quantia citada por Chico já é R$ 400 milhões do que o ano anterior.
"A gente não sabe como estará o caixa no final desse ano, só há uma previsão de entrega. Dentro disso, temos R$ 700 milhões são precatórios. Ou seja, dividas judicializadas que entram em fila de pagamento progressivo. Temos R$ 600 milhões de empréstimos a longo prazo, desde o Chico Galindo e INSS com dívidas de renegociação. Sobra-se R$ 350, R$ 400 milhões de reais. Não sabemos os dados verdadeoros. Só teremos acesso a partir da transição e, de fato, só quando assumirmos", pontuou.
O Plano Diretor é outro projeto em tramitação na Câmara que preocupa Abilio. Como arquiteto e urbanistra, o prefeito eleito tem competência técnica sobre a pauta. Ele disse que a ampliação do perímetro urbano precisa de uma discussão mais aprofundada, além de estudos para embasá-la.
"Uma das questões que está lá e acredito que a gente precisa ter um pouco de cuidado é o Plano Diretor. Ele está ali na Câmara, tem alguns detalhes que acho que preocupam, a contínua expansão do período urbano em uma cidae que ainda não está devidamente adensada, acho que temos que tomar um certo cuidado com isso e algumas questões que acho que são importantes", finalizou.
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