Investigações conduzidas pelo delegado Adil Pinheiro, de Tangará da Serra (240 km de Cuiabá), apontam que o professor aposentado Carlos de Souza Pedrosa, de 58 anos, foi morto por dois jovens que ele abrigava. O crime foi praticado depois que Carlos anunciou o desejo de se vender seus bens e mudar de cidade, o que irritou seus algozes.
"Vendo que ficariam sem um lugar para ficar e também por alguns desentendimentos pelo uso excessivo de álcool e drogas, mataram a vítima com golpes de faca. No mesmo dia, dia 5, saíram para a rua com cartões de crédito da vítima e foram presos", informou a autoridade policial em entrevista ao g1.
No entanto, após a prisão, eles ficaram à disposição da Justiça e foram soltos em audiência de custódia. Um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do professor só foi confeccionado por familiares dois dias depois, no dia 7 de agosto.
Conforme o delegado, os jovens se aproveitavam da condição financeira de Carlos e usavam a casa dele como uma espécie de ‘boca de fumo’.
"Essa dupla estava meio que morando na casa desse senhor e se aproveitava que ele morava sozinho e da condição financeira dele. Eles também usavam o local como ponto de uso de droga, sempre saíam e voltavam, aproveitando da boa vontade da vítima", disse.
Carlos de Souza Pedrosa foi encontrado dentro de um freezer em uma área rural de Tangará da Serra na tarde de segunda-feira (26). Um dos jovens, de 18 anos, apontado como um dos autores do crime foi preso. O comparsa já foi identificado, mas ainda está foragido.
Durante as diligências para elucidar o caso, os policiais localizaram objetos da vítima na casa de um familiar do suspeito. Em continuidade às buscas, o jovem foi encontrado no bairro Dona Júlia junto da namorada.
No trajeto para a Delegacia, o suspeito confessou onde havia escondido o cadáver, que estava em uma ribanceira, nas proximidades da estrada do Ararão, zona rural do município.
A área foi isolada para os trabalhos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O corpo foi removido e encaminhado para exame de necropsia. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
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