Uma funcionária e as proprietárias da creche Espaço Criança Feliz, em Várzea Grande, devem ser indiciadas na próxima semana por homicídio culposo no caso da morte do bebê Vicente Camargo, de apenas cinco meses, conforme antecipou o delegado Marlon Luz, responsável pelo caso. A polícia chegou à conclusão de que a criança sofreu a lesão que levou à sua morte no berçário sem intenção, mas a funcionária e as proprietárias da unidade tentaram camuflar o ferimento, apesar de terem prestado socorro imediato ao bebê.
Inicialmente, elas contaram a versão de que o bebê teria se engasgado após ser amamentado e que foi encontrado sem respirar. Na verdade, segundo o delegado Marlon Luz, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Vicente bateu a cabeça de maneira não intencional e começou a passar mal. A equipe da creche socorreu o menino, mas ele não sobreviveu ao traumatismo craniano.
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Vicente morreu no dia 17 de abril. A morte do bebê gerou revolta na família e desencadeou uma série de denúncias contra a creche, que funcionava de maneira irregular.
Em entrevista à TV Vila Real, a dona do berçário, Hanna Figueiredo, chegou a pedir perdão à família e disse estar com o coração 'dilacerado'.
"Daria tudo nesse mundo para devolver a vida dessa criança. Todas estamos com o coração dilacerado, sem chão, porque todas nós [funcionárias do berçário] somos mães também e estamos sentindo a mesma dor dessa família. Se eu errei, eu vou pagar! Mas, se eu não errei, Deus há de me justificar e eu creio nisso. Errar é humano e se algum humano que esteve naquele local errou, vai pagar também. Fica meu pedido de perdão para essa família", afirmou à época.
Os familiares de Vicente cobram por justiça.
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