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Polícia Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, 11:52 - A | A

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Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, 11h:52 - A | A

PREJUÍZO DE R$ 2,5 MI

"Musa" do day trade é principal alvo de operação que desmantelou esquema de pirâmide em Cuiabá

Segundo a Polícia Civil, a chefe do esquema usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros

RAYNNA NICOLAS
Da Redação

A advogada e empresária Taiza Tosatt Eleoterio é o principal alvo da Operação Cleópatra, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (31). Ela foi presa no âmbito da ação policial ue investiga um esquema de pirâmide financeira que causou prejuízo a dezenas de vítimas em Cuiabá. A 'musa' do day trade, proprietária da empresa DT Investimentos LTDA, já havia ganhado as páginas dos jornais quando, em janeiro deste ano, sua própria família denunciou os supostos golpes milionários aplicados por ela. Caso foi destaque no Domingo Espetacular, da Record. 

Agora, a Polícia Civil de Mato Grosso cumpre seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva (da empresária) e bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas. As ordens judiciais são cumpridas nas cidades de Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis, Sinop.

LEIA MAIS: Empresária é acusada de ser líder de esquema de pirâmide e é presa pela Polícia Civil

Além da empresária, apontada como líder do esquema criminoso, o médico Diego Flores e o ex-policial federal, Ricardo Ratola, que é ex-marido da investigada, também são alvos da operação. Os investigados respondem por crime contra a economia popular, crime contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Segundo a Polícia Civil, a chefe do esquema usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.

Com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.

As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventou desculpas até deixar de responder completamente às vítimas.

Segundo o delegado Rogério Ferreira, até o momento os prejuízos às vítimas chegam a casa dos R$ 2,5 milhões, porém pode ser muito superior a esse valor, uma vez que certamente há outras vítimas que não registraram a ocorrência.

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