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Polícia Terça-feira, 31 de Dezembro de 2024, 17:45 - A | A

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Terça-feira, 31 de Dezembro de 2024, 17h:45 - A | A

RETROSPECTIVA 2024

Assassinato de filha de deputado e outros femincídios brutais marcam 2024

Além do assassinato de Raquel Cattani, outros três casos ganharam repercussão da mídia mato-grossense, como de Bruna Oliveira, que foi arrastada por uma corrente, Enil Marques, enterrada viva e Olindina Maria da Silva

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

O ano de 2024 também foi marcado por feminicídios. Entre eles, o da produtora rural Raquel Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL). Ela foi morta pelo ex-cunhado Rodrigo Xavier a mando do ex-companheiro, Romero Xavier, que não aceitava o fim do relacionamento. Cabe ressaltar que Mato Grosso amarga na primeira posição com a maior taxa de feminicídios em um grupo de 100 mil mulheres.  Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgados em março deste ano.

O palco do crime brutal, cometido com mais de 30 facadas, foi a própria casa de Raquel, numa propriedade rural de Nova Mutum (240 km de Cuiabá), no dia 19 de julho. Raquel foi encontrada morta pela própria mãe, que se deparou com a cena de horror e acionou as autoridades.

A princípio, o caso começou a ser investigado como um latrocínio, roubo seguido de morte, já que alguns objetos como a motocicleta da produtora rural e outros itens pessoais, haviam sido levados do local.

Durante as investigações, a Polícia Civil ouviu mais de 150 pessoas com foco na resolução do caso. Com o avanço da apuração, as autoridades chegaram até Rodrigo Xavier, ex-cunhado de Raquel. O irmão dele, prometeu pagar R$ 4 mil pelo feminicídio. No entanto, Rodrigo recebeu apenas R$ 1,5 mil pelo ‘serviço’.

LEIA MAIS: Ex-marido usou dinheiro de Cattani para assassinar filha do deputado

Romero, o mandante do crime, planejou um álibi para não ser considerado o principal suspeito de assassinar a própria ex-companheira. Com intuito de enganar as autoridades, Romero viajou até Tapurah (389 km de Cuiabá), onde participou de churrascos com conhecidos e foi à casas noturnas, fazendo questão de ser filmado por câmeras de monitoramento.

No começo, a dissimulação funcionou, mas a farsa foi descoberta pela Polícia Civil dias depois, culminando na prisão dos irmãos Xavier. Rodrigo e Romero foram indiciados por homicídio triplamente qualificado pela morte de Raquel Cattani. A polícia incluiu as qualificadoras de feminicídio, promessa de recompensa, e emboscada com recurso que dificultou a defesa da vítima.

Rodrigo ainda foi indiciado pelo crime de furto, pois roubou da residência da vítima diversos pertences, entre objetos de uso pessoal e um celular.

Romero Xavier também é alvo de outro inquérito policial, pela Delegacia de Lucas do Rio Verde, pelo crime de porte irregular de arma de fogo. As armas foram apreendidas durante as buscas realizadas no curso da investigação para esclarecimento do crime.

Os dois estão presos em uma unidade prisional do Sistema Estadual.

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OUTROS CASOS MARCANTES

Além do feminicídio de Raquel Cattani, outros casos ganharam as manchetes mato-grossenses, como o de Bruna de Oliveira, de 24 anos, arrastada por uma corrente amarrada no pescoço, de Enil Marques Barbosa, de 59 anos e da morte de Olindina Maria da Silva, de 42 anos, e do irmão dela Odelio Jose da Silva, de 48 anos.

Bruna Oliveira foi morta a facadas por Wellington Honorato dos Santos, de 32 anos, depois de uma discussão. Ela foi esgorjada e teve o corpo arrastado pelas ruas de Sinop (500 km de Cuiabá) enquanto o suspeito pilotava uma motocicleta. O caso foi registrado na madrugada de domingo, 2 de junho de 2024. O cadáver foi encontrado pelo irmão dela horas depois em uma valeta no bairro Parque das Araras. 

LEIA MAIS: Feminicida afirma que arrastou vítima pelas ruas por estar "surtado" e precisar se livrar do corpo

Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito confessou o assassinato e disse que cometeu o crime porque estava sob a influência de cocaína e álcool. Ele justificou ainda que decidiu amarrar a vítima em sua motocicleta e arrastá-la pela cidade por estar em ‘surto’ e entender que precisava se desfazer do corpo. O acusado é natural de Alagoas. Naquele estado, ele tem passagens criminais por violência doméstica.

Enil Marques Barbosa, de 59 anos, foi enterrada viva pelo companheiro, no quintal da própria casa, no Distrito da Guia, em Cuiabá, em setembro deste ano. O suspeito de cometer o crime é Iris Divino de Freitas, de 40 anos, com quem a vítima se relacionava. Eles se conheceram através de uma rede social.

LEIA MAIS: Polícia aponta que mulher enterrada viva tentou sair da cova antes de suspeito atear fogo

No interrogatório, Iris Divino narrou que o homicídio ocorreu depois de uma briga com a vítima, motivada por uma crise de ciúmes. À ocasião, o suspeito estava bebendo em uma conveniência e Enil, enciumada, começou uma discussão. Na briga, Iris alega que empurrou a vítima, que caiu no chão e bateu a cabeça.

Depois, ele amarrou os pés e mãos da mulher e a colocou numa cova no quintal da residência que eles moravam. Após enterrá-la, ele juntou folhas em cima da cova e ateou fogo, contudo, conforme apontou a polícia, Enil ainda fez uma tentativa de sair da cova retirando um braço, que foi queimado.

Em entrevista à rádio Vila Real, o delegado Nilson Farias informou que Enil morreu em decorrência de queimaduras e asfixia. Além disso, a autoridade policial falou que Iris pegou o celular da vítima e começou a se passar por ela, pedindo dinheiro para familiares.

Já Olindina Maria da Silva, de 42 anos, e o irmão dela Odelio Jose da Silva, de 48 anos, foram mortos pelo ex-companheiro e vereador José Soares de Sousa, conhecido como Zé Fadiga, de Ribeirão Cascalheira (772 km de Cuiabá). Ele tirou a própria vida depois do duplo homicídio.

A ex-companheira já tinha medida protetiva contra Zé Fadiga. Ele, inclusive, chegou a ser preso por agressão em junho, mas foi solto mediante pagamento de fiança.Na denúncia, a vítima relatou que era constantemente agredida por ele e mantida em cárcere privado.

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