Embora o Catar e os Estados Unidos já tivessem anunciado na quarta-feira, 15, o acordo, o gabinete de Netanyahu indicou que os "detalhes finais" ainda estavam sendo finalizados. O governo israelense havia afirmado que "houve problemas de última hora" nas negociações.
Mesmo assim, o acordo ainda precisa ser formalmente ratificado pelo gabinete israelense. A declaração de Netanyahu pareceu abrir caminho para a aprovação do acordo, que pausaria os combates na Faixa de Gaza e veria dezenas de reféns mantidos por terroristas em Gaza libertados em troca de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.
Também permitiria que centenas de milhares de palestinos deslocados retornassem aos restos de suas casas em Gaza.
Mais cedo nesta quinta-feira, 16, o gabinete de Netanyahu havia acusado o Hamas de renegar partes do acordo na tentativa de obter mais concessões - sem especificar quais partes.
"O Hamas está recuando dos entendimentos e criando uma crise de última hora que impede um acordo", disse o gabinete de Netanyahu.
O Hamas negou as alegações, com Izzat al-Rishq, um alto funcionário do Hamas, dizendo que o grupo militante "está comprometido com o acordo de cessar-fogo, que foi anunciado pelos mediadores".
Após adiar a votação, Netanyahu disse que reunirá seu gabinete de segurança nesta sexta-feira, 17, e depois o governo para aprovar o acordo. Ataques aéreos israelenses, enquanto isso, mataram pelo menos 72 pessoas no território devastado pela guerra.
O primeiro-ministro israelense enfrenta grande pressão interna para trazer de volta os reféns, cujas famílias imploraram a Netanyahu para priorizar a libertação de seus entes queridos.
Por outro lado, há a pressão interna de sua coalizão, com membros da extrema direita ameaçando renunciar caso o texto fosse aprovado. (Com agências internacionais).
(Com Agência Estado)
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