O Hezbollah controla o sul do Líbano, onde mantém a maioria de seus combatentes, armas e mísseis, mas suas forças atuam separadas das Forças Armadas libanesas. O Exército negou alegações de que teria recuado da fronteira antes da invasão terrestre de Israel, na noite de segunda-feira, 30.
Desta vez, os militares libaneses disseram que o Exército "revidou fogo contra fontes de ataque" após Israel mirar em uma instalação militar na vila libanesa de Bint Jbeil. Não estava claro se a troca de tiros levará a mais combates entre as forças regulares dos dois países. O Líbano pediu o fim dos combates entre Hezbollah e Israel.
O conflito atual tem como base duas posições claramente definidas, estabelecidas há mais de quatro décadas. Israel diz que está determinado a eliminar a ameaça que o Hezbollah representa no Líbano, enquanto a milícia xiita continua em seu objetivo de destruir o país vizinho.
O Exército israelense ordenou ontem a retirada de moradores de mais de 20 vilarejos e cidades no sul do Líbano, ao norte da fronteira de Israel, em uma região que servia de zona-tampão declarada pela ONU, estabelecida após a guerra de 2006.
Bombardeios
Os avisos sinalizaram uma possível ampliação da incursão de Israel, que até agora havia sido limitada às áreas próximas da fronteira. Os bombardeios aéreos, porém, parecem longe do fim.
Ontem, Israel anunciou que sua aviação bombardeou o quartel-general de inteligência do Hezbollah em Beirute. Nos bombardeios perto do aeroporto da capital libanesa, o alvo seria Hashem Safieddine, primo e provável sucessor do líder do Hezbollah morto na semana passada, Hasan Nasrallah.
Outras grandes explosões foram ouvidas nas proximidades da cidade na madrugada de ontem, atingindo Dahiya, área sob domínio do Hezbollah. As autoridades libanesas anunciaram que os ataques israelenses mataram 37 pessoas em 24 horas. Ao mesmo tempo, elas elevaram de cinco para nove o número de mortos em um ataque a uma clínica ligada ao Hezbollah, no coração de Beirute, na quarta-feira, 2.
Fuga
As explosões acontecem enquanto países retiram ou se preparam para retirar seus cidadãos do Líbano. O Brasil aguardava ontem autorização para pousar uma aeronave em Beirute hoje e resgatar brasileiros. Não estava claro se houve mudança nos planos.
Quase um ano após o início da guerra em Gaza, em outubro passado, Israel anunciou, em setembro, que o "centro de gravidade" do conflito havia se deslocado para o norte, na fronteira libanesa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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