O resultado da perícia realizada pela Polícia civil, no apartamento da tia do réu na Operação Sodoma, ex-secretário de Administração Pedro Elias, apontou que nenhuma das portas do imóvel foi arrombada, como havia informado o acusado. Ele informou à Justiça o sumiço de alguns documentos de imóveis recebidos como pagamento de propina sob a alegação de um arrombamento neste logal.. Crime que recaiu sobre Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador e réu na Operação Sodoma.
A acusação do furto foi um dos pontos que levaram Rodrigo a ser preso em abril deste ano.
O laudo foi divulgado no início da noite desta segunda-feira (29) e apontou que nenhuma das portas do apartamento foi arrombada, porém a perícia realizada no armário no qual estavam guardados os documentos não foi conclusiva. Segundo informações, não havia impressões digitais no móvel e nem sinais de arrombamento, conforme explicou o advogado, Bruno Alegria, que atua na defesa de Rodrigo Barbosa.
“A delegacia e o Ministério Público usaram este argumento à prisão do Rodrigo. Fizeram crer na suposição de que ele teria sido o responsável pelo furto e o suposto arrombamento e acaba de chegar aqui para ser incluído nos autos a perícia encaminhada pelos delegados, que comprova que não houve arrombamento nas portas do apartamento e que não há como concluir que houve arrombamento no armário”, disse o jurista.
Os documentos foram furtados no dia seis de abril. Pedro Elias comunicou as autoridades policiais sobre o desaparecimento dos documentos. Ele disse que as portas no armário estavam quebradas, mas não havia marcas de arrombamento. Já no depoimento, na tarde desta segunda-feira (29), Pedro Elias relatou que ninguém morava na casa na época do fato e que somente ele e uma tia tinham a chave do imóvel.
Ele narrou que precisava pegar os documentos para entregar ao Ministério Público Estadual (MPE), pois havia se comprometido a colaborar com as investigações. Dessa forma, ele pediu para que a tia fosse ao local buscar os documentos, que eram referentes aos dois apartamentos que recebeu do empresário Willians Paulo Mischur, dono da Consignum, a título de propina, no valor de R$350 mil.
Segundo Pedro Elias, quando a sua tia chegou ao local, teria o ligado informando que o trinco havia sido forçado e o armário estava arrombado.
“Eu comuniquei o arrombamento à polícia, mas nunca acusei Rodrigo do furto, eu nunca disse que foi ele”, contou sem eu depoimento.
Rodrigo morava no mesmo prédio onde estava localizado o apartamento no qual estavam os documentos, e já havia frequentado o imóvel, pois tinha uma boa relação com Pedro Elias.
“Rodrigo não sabia desses documentos, ele frequentava o apartamento, mas não sabia desses papeis”, conta o advogado.
Acusação contra Rodrigo
No dia 25 de abril foi preso o médico Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que foi liberado após pagar fiança de R$ 528mil.
Rodrigo é investigado por envolvimento em crime de corrupção e ligação com a organização criminosa chefiada por seu pai. Ele também teria recebido propina no governo anterior e era atribuído a ele o furto de documentos na casa de uma parente de Pedro Elias.
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