O Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Cuiabá julgará 13 réus em 11 sessões ordinárias e extraordinárias. Os acusados respondem por homicídio ou tentativa de homicídio ocorridos entre 2009 e 2019.
Um dos casos mais emblemáticos é o de Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus, o “Miro Louco”. Ele será julgado no dia 11 de setembro pela morte de Alexandre Emanoel de Jesus, ocorrida em 2015, motivada por uma dívida de R$ 200. Miro, que já cumpre uma pena de 72 anos e 6 meses por diversos crimes, incluindo roubos e homicídios, é apontado como um dos líderes financeiros do Comando Vermelho.
A primeira sessão do mês, no dia 2 de setembro, julgará Joelson Rufino Rezende pelo assassinato de sua enteada, Janaína Cristina da Cruz Arruda, de 15 anos. O crime ocorreu em agosto de 2011, durante uma discussão entre Joelson e Marilene de Paula Cruz, mãe da vítima, em uma chácara no Distrito Coxipó do Ouro. Janaína tentou defender a mãe, mas foi morta com um tiro na cabeça disparado pelo padrasto.
Outro crime que chocou a capital foi o assassinato de Woshinthon da Luz, membro do Comando Vermelho. Em novembro de 2015, Jefferson Santos Proença e um comparsa, pertencentes a uma gangue rival, dispararam ao menos 13 tiros contra Woshinthon na porta de sua casa. Jefferson ainda efetuou dois disparos adicionais após perceber que a vítima estava viva. Durante o ataque, ameaçaram a companheira da vítima para impedir que chamasse ajuda e, após confirmarem a morte, fugiram.
Em dezembro de 2019, Jhonatan Fernandes Varanda de Sousa e comparsas mataram Luciano Conceição Moraes de Oliveira por uma dívida de drogas. Eles atraíram Luciano para uma emboscada sob o pretexto de uma entrega de lanches. Ao chegar, Luciano foi alvejado e morreu no local. Após o crime, Jhonatan ameaçou o pai da vítima para intimidar testemunhas.
Outro caso a ser julgado envolve o assassinato de Diego Gomes Vilela, conhecido como "Tigueirinha", ocorrido em julho de 2019 no Jardim Industriário II. Os faccionados Pedro Henrique Frazão dos Santos, Cristyan Nascimento Silva e Liriane Trindade Soares da Silva são acusados de planejar e executar o crime devido à falta de pagamento pela venda de drogas na região.
A última sessão do Tribunal do Júri em setembro, marcada para o dia 19, tratará do feminicídio de Marinalva Fagundes de Souza. Ela foi encontrada morta, com sinais de violência, cortes e mordidas. Odenil Lara Martins, que inicialmente acusou um cunhado, confessou o crime após uma noite de bebedeira e discussão. Testemunhas e provas, como o laudo de necropsia, apontam para sua responsabilidade, levando-o ao julgamento.
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