Camila Nunes Guimarães Kuhn, esposa de Ernani Rezende Kuhn, sobrinho da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), pleiteou a devolução de oito bolsas de luxo apreendidas na Operação Miasma. No pedido, enviado à Justiça no dia 28 de junho, defesa de Camila apontou a origen lícita dos bens e requereu a devolução dos acessórios.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, Ernani e outros membros da família Kuhn teriam feito uma manobra para direcionar contratos da prefeitura de Cuiabá relativos à locação de vans e ambulâncias. Edital teria sido fraudado para beneficiar a SMT Transportes, atribuída a um 'laranja'. Com isso, a família teria lucrado R$ 3 milhões em contratos com diversas irregularidades.
Mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de Camila e Ernani Kuhn no dia 28 de maio de 2024 ocasião em que foram recolhidos pela polícia aparelhos notebook, HDs, celulares, documentos, relógios de luxo, alguns deles da marca Rolex, joias e um lote com oito bolsas de Camila.
Defesa da investigada sustentou que, além de não serem de interesse da investigação, documentos anexados aos autos comprovam a propriedade de Camila sobre os acessórios adquiridos, conforme os advogados, licitamente.
"A título de exemplificação, conforme consta em seu imposto de renda, só a título de herança reconhecida judicialmente, referente a empresa familiar REICAL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALCARIO LTDA, a requerente recebeu mais de R$ 7 milhões anuais em 2021, 2022 e 2023", pontuaram.
"Com efeito, uma vez largamente comprovada a fonte de renda lícita para a aquisição dos bens pela requerente, além do fato de não interessarem as investigações, resta totalmente ilegal a manutenção das apreensões sobre os bens da requerente, sendo de rigor a restituição dos bens apreendidos", completaram.
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