De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), assinada pelo promotor Pedro Facundo Bezerra, da Comarca de Porto Esperidião (322 km de Cuiabá), os assassinatos das irmãs Rithiele e Rayane Alves Porto foram planejados com pelo menos cinco dias de antecedência. A motivação do sequestro das jovens e de outros três homens foi uma foto postada nas redes sociais, que supostamente faria referência ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção rival do Comando Vermelho (CV).
Em resposta, o grupo organizou o chamado “tribunal do crime”. Mesmo após terem ciência do engano, o grupo criminoso continuou com as torturas, extorsão e assassinatos. O Ministério Público denunciou os sete por roubo, associação criminosa, tortura, sequestro e homicídio.
A operação criminosa começou a ser planejada em 9 de setembro de 2024, quando a denunciada Rosicleia da Silva alugou a casa que seria utilizada como cativeiro. No dia 13 de setembro, Rosivaldo Silva Nascimento, o “Badá", Maikon Douglas Gonçalves Roda, o “MD”, Ana Cláudia Costa Silva, a “Kaka”, Lucas dos Santos Justiniano, o “Gordim”, Adrian Ray Rico Lemes da Silva, o “TR” e Matheus da Silva Campos, vulgo “Pogba”, encontraram as vítimas no "Festival de Pesca" do município. Eles cooptaram pelo menos oito adolescentes, entre 14 e 17 anos, para auxiliar na abordagem e coação das vítimas.
Já na madrugada de 14 de setembro, as vítimas foram forçadas a entregar seus celulares e senhas, enquanto o grupo buscava evidências de envolvimento com o PCC. Todo o processo era monitorado remotamente por um líder da facção, por meio de chamadas de vídeo, com Rosivaldo sendo o responsável por receber e repassar as ordens.
Ao chegarem à casa, Roebster tentou fugir, mas foi recapturado por Adrian e dois adolescentes. As vítimas foram amarradas e submetidas a sessões de tortura. Ana Cláudia cortou os cabelos de Rithiele e Rayane usando uma faca. Um pedaço de madeira molhado, para ficar mais pesado, com prego foi utilizado para agredir as vítimas, causando lesões graves.
Enquanto as agressões se intensificavam, os denunciados forçaram as vítimas a entrarem em contato com familiares para exigir resgates. Um total de R$ 11 mil foi transferido para o grupo, mas, mesmo com o pagamento, as vítimas não foram libertadas.
Após horas de tortura, Maikon degolou Rayane com uma faca. Rithiele foi espancada por Ana Cláudia, que depois cortou seu pescoço e a esfaqueou no tórax. Roebster também foi atingido por Maikon no pescoço, mas sobreviveu aos ferimentos. As vítimas Higor e Victor conseguiram escapar do cativeiro sem ferimentos, o que fez com que os criminosos abandonassem o local.
LEIA TAMBÉM: Sete pessoas são denunciadas por sequestro, tortura e assassinato de irmãs
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.