O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido da advogada e ex-servidora da antiga Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), Karen Rubin, para adiar a audiência de instrução e julgamento que apura desvios de R$ 8 milhões do Estado. A audiência foi realizada normalmente, apesar da ausência da ré, no dia 24 de setembro.
Em sua decisão, Bezerra argumentou que o atestado médico apresentado indicava que Karen Rubin estava apenas como acompanhante de uma paciente, e, portanto, ela não necessitava de repouso. Além disso, o juiz ressaltou que a audiência havia sido marcada com quatro meses de antecedência e que a ré poderia participar de forma remota. O pedido foi apresentado poucas horas antes do início da audiência.
“Inexistindo comprovação de qualquer justificativa para a ausência da ré à audiência virtual, que pode ser acessada de qualquer localidade, entendo que a manutenção da solenidade cuja designação ocorreu há mais de 04 meses é a medida mais adequada, mormente porque se trata de ação penal complexa, com pluralidade de réus patrocinados por defesas diferentes, as quais arrolaram diversas testemunhas. Diante disso, indefiro o pedido de redesignação e mantenho a audiência outrora aprazada”, assinalou o magistrado.
Além de Karen Rubin, também são réus Rodrigo de Marchi, Kennedy Rodony de Jesus Marques, Jean Estevan Campos Oliveira, Ricardo Mario Ceccarelli e Diego Fernando Lemos Mello de Menezes. Durante a sessão, foram ouvidas testemunhas indicadas pelo Ministério Público, como Josemara de Holanda Campelo Giglio, Cristina Santos Vilela e Zied Haymour Salim. A defesa de Rodrigo de Marchi optou por desistir de todas as testemunhas de defesa.
Diante do pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) para a oitiva de mais três testemunhas, o juiz redesignou a audiência para o dia 22 de outubro de 2024. Karen Rubin foi intimada para a nova data.
OPERAÇÃO ARQUEIRO
A operação, deflagrada em abril de 2014 pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), investiga um esquema de corrupção que teria desviado aproximadamente R$ 8 milhões dos cofres públicos durante a gestão da ex-primeira-dama Roseli Barbosa.
O foco da operação está em irregularidades envolvendo o 1º Campeonato de Bandas e Fanfarras de Mato Grosso, onde parte dos recursos públicos teria sido desviada.
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