Embora a severa estiagem dificulte o transporte de cargas pelo rio Amazonas, as fábricas se prepararam desta vez, reforçando estoques de peças e acelerando a produção antes do inicio do calendário de seca. No ano passado, a intensidade e duração da seca surpreenderam, levando a paradas de linhas por falta de peças, uma vez que não havia condições de navegabilidade para preservar o fluxo de abastecimento pelo porto de Manaus.
"A indústria sofreu muito no ano passado, e em razão deste sofrimento, nós nos preparamos ainda mais em planejamento e antecipação", comentou o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, em apresentação à imprensa dos resultados de setembro. "Não estamos imunes à seca, mas houve uma antecipação de planejamento e estoque, uma antecipação logística, para seguir o plano de produção", reforçou.
O uso de um porto temporário em Itacoatiara também ajudou a manter a operação, enquanto as fábricas aguardam a dragagem do rio. O aumento do custo logístico, no entanto, já é uma realidade, disse Bento.
Na comparação com agosto, mês com um dia útil a mais e quando as montadoras corriam para assegurar a oferta, setembro mostrou queda de 12,2% na produção. O resultado do ano, porém, segue positivo, com 1,32 milhão de motocicletas produzidas desde janeiro, crescimento de 11% frente aos nove primeiros meses do ano passado. De acordo com a Abraciclo, este é o melhor resultado entre iguais períodos desde 2012.
(Com Agência Estado)
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