Ao participar de um painel do Latin America Investment Conference (LAIC), evento do UBS BB, Meirelles disse perceber uma preocupação do mercado com a proximidade entre Galípolo e Lula, o que contribui para levantar dúvidas sobre o compromisso da autarquia em fazer o que for preciso para levar a inflação em direção à meta de 3%.
Para Meirelles, Galípolo deve evitar a participação em muitas reuniões com ministros do governo, uma vez que isto ajuda a fortalecer entre agentes do mercado a percepção de proximidade com o Executivo, influenciando as expectativas. "Acho que é importante uma distância técnica ... É necessário manter uma distância respeitosa e técnica da presidência da República", afirmou.
Ele defendeu que a Selic continue subindo até o BC garantir a credibilidade. "Se não for suficiente, sobe mais, mesmo que depois tenha que cortar." Para o ex-presidente do BC, a autoridade monetária tem totais condições técnicas de fazer com que a inflação caia para a meta de 3%.
Porém, ponderou, o mercado precisa acreditar que as ações do BC são efetivas e que a inflação vai "de fato" convergir.
Para tanto, disse Meirelles, o BC tem que "se impor" com medidas concretas e técnicas, demonstrando claramente que a perseguição da meta não é retórica. "No momento em que faz isso, o BC ganha a guerra das expectativas", concluiu.
(Com Agência Estado)
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