Nesta terça, oscilou dos 130.721,97 aos 131.834,32 pontos, sem sinal único ao longo do dia para as blue chips, mas ao fim positivo para Vale (ON +0,74%) e também Petrobras (ON +0,08%, PN +0,08%), em terça-feira de baixa tanto para os preços do minério como do petróleo. E sem direção única para os grandes bancos, em variação entre -0,53% (Bradesco ON) e +0,53% (Itaú PN) no fechamento.
Na ponta ganhadora, além de SLC Agrícola (+8,11%), destaque absoluto para JBS, em alta de 17,89% no fechamento, puxando os preços das ações de outros frigoríficos, como Marfrig (+6,68%) e BRF (+7,15%).
Desde cedo, a demanda por JBS foi favorecida pelo acordo da empresa com a BNDESPar sobre a listagem da companhia em Nova York.
"A BNDESPar decidiu se abster de votar sobre a proposta de dupla listagem de ações da JBS nos Estados Unidos e no Brasil. O BNDES é detentor de 20% das ações da JBS e os investidores ficaram muito otimistas com a decisão de a empresa não ter votado contra", diz Matheus Lima, analista e sócio da Top Gain, acrescentando que as ações do frigorífico vinham em trajetória negativa desde dezembro.
No lado oposto do Ibovespa, CVC (-3,47%), B3 (-3,06%) e Vamos (-2,63%). O giro financeiro na sessão ficou em R$ 21,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 1,95% e, no mês, ganha 7,06%. No ano, a valorização do índice é de 9,30%.
Em Londres e Nova York, o avanço das negociações de paz na Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos, prevaleceu sobre as tensões no Oriente Médio com a retomada de ataques de Israel ao Hamas. Em Nova York, o contrato do WTI para maio fechou em queda de 0,92%, a US$ 66,75 o barril, enquanto o Brent para mesmo mês, em Londres, recuou 0,71%, a US$ 70,56 por barril.
"Ibovespa operou hoje mais uma vez descolado do que se viu nos Estados Unidos, mas a terça-feira foi positiva também na Ásia e na Europa, onde houve a aprovação do pacote fiscal alemão, com aumento de gastos públicos que pode trazer efeitos favoráveis para o continente", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Ele acrescenta que, em Nova York, houve cautela na véspera da decisão de juros nos EUA, em que o Federal Reserve pode trazer indicações cuidadosas com relação ao segundo semestre, intervalo para o qual o mercado tem mostrado expectativa quanto a possível corte da taxa de referência - que deve ser mantida na quarta-feira.
No Brasil, por sua vez, também está totalmente precificada a elevação, nesta quarta-feira, da Selic em 100 pontos-base, a 14,25% ao ano, mas "a sinalização do Copom quanto aos próximos passos sobre a política monetária doméstica tende a ser mais flexível", avalia Spiess.
"O ciclo de aperto monetário provavelmente não será tão longo, e já deve haver redução do ritmo de aperto nas reuniões seguintes com relação aos juros", acrescenta o analista, em referência a ajuste na comunicação do BC que abriria caminho para cortes na Selic no segundo semestre, já mais perto do fim do ano.
(Com Agência Estado)
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