Em períodos de crise o corte de gastos está entre os primeiros itens da lista dos gestores de uma empresa para evitar as demissões, porém, em alguns casos, mesmo com a situação financeira desfavorável, as companhias preferem manter benefícios para incentivar funcionários e garantir a estabilidade do negócio.
Uma pesquisa da consultoria internacional Hay Group com empresas brasileiras mostrou que para os funcionários quatro pontos são importantes quando se fala em valorização. Além do salário, a estabilidade no emprego (o que inclui um bom ambiente de trabalho), a possibilidade de aprendizado (através de treinamentos) e o reconhecimento do bom trabalho foram os fatores mais citados pelos entrevistados.
Segundo o consultor de RH Danillo Rodrigues, mais do que reter talentos, conceder ou manter benefícios significa ter funcionários mais satisfeitos. "A empresa não só retém os melhores talentos, mas deixa os colaboradores felizes e uma pesquisa recente da Universidade de Harvard mostrou que funcionários felizes são até 40% mais produtivos. Ou seja, isso se traduz em retorno financeiro para a empresa. Um plano de saúde e uma previdência privada, por exemplo, podem fazer uma pessoa recusar uma vaga em que o salário é maior, porque esses benefícios agregam valor ao emprego".
Um dos exemplos desse tipo de política na Capital é a empresa NET, do setor de telecomunicações. O principal benefício é o plano de saúde, porém, os funcionários possuem plano odontológico, participação nos lucros e previdência privada, assim como descontos em produtos oferecidos pela companhia aos mais de 300 funcionários de todo o estado.
Gerente geral de operações da NET em Mato Grosso, Daniel Lacreta acredita que, mais do que despesa, esse tipo de benefício é um investimento na própria empresa e com retorno garantido. "Não é importante apenas atrair bons profissionais, mas mantê-los com um plano de carreira que não é só o salário. A ideia é não ter um giro grande de profissionais e investir nos que estão conosco, o que consequentemente melhora o nosso atendimento e os serviços oferecidos aos clientes".
Outra empresa que há mais de 20 anos adota esse processo de valorização através dos benefícios é a cooperativa financeira SICOOB Central MT/MS, que mesmo com a crise não abriu mão de proporcionar incentivos como plano de saúde, plano odontológico, previdência privada e auxílio para o pagamento de cursos de graduação e pós-graduação.
Esses benefícios estão entre os motivos para que a secretária executiva Patrícia Alencar, esteja há 13 anos na empresa, que foi o seu primeiro emprego. "Gosto do cooperativismo e da empresa. Ter esses incentivos é muito bom, principalmente no auxílio à pós-graduação, porque os cursos são caros e não são todas as pessoas que podem pagar. Às vezes a pessoa só vê o salário e não os benefícios e sai da empresa. Já vi gente que saiu e hoje se arrepende, porque pensou apenas na remuneração".
Para o superintendente administrativo financeiro do SICOOB, Emílio Júnior de Souza, oferecer incentivos além do que é obrigatório pela convenção coletiva da categoria, como o vale-alimentação e o seguro de vida, são maneiras de manter os bons funcionários e aumentar a qualidade no serviço oferecido aos associados. "Desde o começo do SICOOB Central oferecemos benefícios, mas fomos aprimorando ao longo do tempo, para contemplar situações que não eram comuns há duas décadas, como a pós-graduação. Também investimos em capacitação através de cursos e treinamentos, pois entendemos que investir no funcionário é investir na empresa e não apenas um gasto".
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[email protected] 01/08/2017
Pura mentira desse Sr. Daniel Lacreta!
1 comentários