Na sexta-feira, o Monte dei Paschi, respaldado pelo Estado, fez uma oferta surpresa em ações para adquirir a Mediobanca, no contexto da intensificação da consolidação no mercado bancário italiano, seguindo a oferta de aquisição do UniCredit para o Banco BPM, que rejeitou a proposta e está buscando adquirir a gestora de ativos Anima.
A oferta do MPS avaliava a Mediobanca em 13,3 bilhões de euros com base nos preços de fechamento de quinta-feira, o que incluía um pequeno prêmio para o alvo, mas esse valor desapareceu, pois as ações do MPS caíram enquanto as da Mediobanca apresentaram ganhos desde o anúncio.
O conselho da Mediobanca afirmou nesta terça que a oferta era "fortemente destrutiva" e carecia de uma justificativa industrial e financeira. O acordo enfraqueceria significativamente seu modelo de negócios, resultando em perda de receita, clientes e funcionários, segundo o banco. "A queda no preço das ações do MPS após o anúncio da oferta é prova de sua fragilidade, tornando o acordo altamente improvável de ter sucesso", afirmou a Mediobanca.
O banco com sede em Milão afirmou que continua focado na execução de seu plano estratégico para o período de quatro anos até 2026.
Em Milão, às 13h05 (horário de Brasília), as ações do MPS chegaram a cair 2,42% e as do Mediobanca a recuar 3,97%. Fonte: Dow Jones Newswires.
(Com Agência Estado)
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