O ano foi marcado pela recuperação das margens do Bradesco, que voltou a crescer no crédito. Além disso, a incorporação de uma fatia maior da Cielo, que teve o capital fechado em agosto do ano passado, ampliou o crescimento das receitas com serviços.
O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 12,7% no quarto trimestre, alta de 5,8 pontos porcentuais em um ano, e de 0,3 p.p. em um trimestre. O Bradesco fechou o ano de 2024 com R$ 2,127 trilhões em ativos, crescimento de 8,3% no comparativo anual. O patrimônio líquido foi a R$ 162,661 bilhões, queda de 0,2% em um ano.
A margem com clientes, que reflete o ganho em operações de crédito, teve alta de 4,7% em um ano, para R$ 16,153 bilhões, e alta de 3,3% em um trimestre. Na tesouraria, o resultado foi de R$ 842 milhões, alta de 21% no comparativo anual.
A margem financeira total subiu 5,4% em relação ao quarto trimestre de 2023, para R$ 16,995 bilhões. Em um trimestre, houve alta de 6,2%.
A carteira de crédito do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 981,692 bilhões, alta de 11,9% em um ano, e de 4% em relação ao trimestre anterior. A alavanca foram as operações para grandes empresas, que subiram 17,9% em um ano, para R$ 314,773 bilhões. A inadimplência era de 4,0%, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, baixa de 1,1 p.p. em um ano.
As receitas com serviços tiveram alta de 13,7% em um ano, para R$ 10,262 bilhões, diante da incorporação dos números da Cielo. Sem eles, o crescimento teria sido de 7,9% no mesmo período.
"Em 2024, entregamos lucro líquido de aproximadamente R$ 2 bilhões acima do que estava implícito no centro do nosso guidance porque aproveitamos oportunidades para crescer significativamente em linhas de alta margem líquida, mesmo que tivessem spreads menores", disse em nota o presidente do banco, Marcelo Noronha.
De acordo com ele, o Bradesco fechou 2024 com o maior porcentual da carteira garantido por colaterais desde 2018. O ano passado foi o primeiro completo de sua gestão, que tem por missão recuperar os resultados do segundo maior banco privado do País e também promover uma ampla reestruturação do conglomerado.
De acordo com ele, a transformação será acelerada em todas as frentes ao longo de 2025. Ao mesmo tempo, o apetite de risco do banco para o crédito foi reduzido, diante de um cenário econômico mais difícil. "Nossa carteira de crédito crescerá em linha com o mercado em 2025. Nossa opção é por garantir a sustentabilidade da nossa jornada, evoluindo com segurança e mantendo o custo de crédito sob controle", afirmou.
Noronha destacou ainda avanços como a criação de uma diretoria de agronegócio no atacado do banco, a compra de 50% do banco John Deere e o lançamento do Bradesco Principal, novo segmento voltado aos clientes de alta renda.
(Com Agência Estado)
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