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Economia Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025, 15:45 - A | A

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Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025, 15h:45 - A | A

Intenção de consumo das famílias e confiança de empresários sinalizam recuperação, diz CNC

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Tanto a intenção de consumo das famílias quanto a confiança dos empresários do comércio mostraram sinais de recuperação ao fim de 2024, apontou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 0,2% em dezembro ante novembro, já descontadas as influências sazonais, interrompendo assim uma sequência de cinco meses de quedas, para o patamar de 103,9 pontos, na zona favorável (acima de 100 pontos). O saldo, porém, ainda ficou 1,3% aquém do nível de dezembro de 2023.

Já o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 0,2% em dezembro ante novembro, para 112,4 pontos, na zona de otimismo (acima dos 100 pontos). Na comparação com dezembro de 2023, o Icec aumentou 3,1%.

"Embora a inflação esteja elevada e os juros em uma trajetória crescente, o comércio brasileiro é forte e dinâmico, e o mercado de consumo interno é inigualável, trazendo um fator que poucos países no mundo têm. Em 2024 tivemos ótimos resultados, com ganhos na reforma tributária, defesa da competitividade das empresas nacionais e proposição de uma reforma administrativa séria", justificou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, em nota oficial.

Na passagem de novembro para dezembro, houve melhora em três dos sete componentes da Intenção de Consumo das Famílias: emprego atual, queda de 0,2%, para 125,8 pontos; renda atual, -0,1%, aos 125,3 pontos; nível de consumo atual, 0,0%, para 90,4 pontos; perspectiva profissional, +0,2%, aos 113,6 pontos; perspectiva de consumo, +0,7%, para 108,8 pontos; acesso ao crédito, -0,7%, para 93,8 pontos; e momento para aquisição de bens de consumo duráveis, +0,5%, para 69,3 pontos.

"Os consumidores estão mais cautelosos devido ao acesso mais seletivo ao crédito e inflação pressionada. No setor empresarial, houve a percepção de avanços em 2024 devido às medidas tomadas pelo Banco Central e o maior dinamismo do mercado interno. O ano de 2025 será desafiador, mas se fizermos o dever de casa, o Brasil tem tudo para engatar uma boa trajetória de crescimento", avaliou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, em nota, acrescentando que o item do ICF que mede a avaliação dos consumidores em relação à sua renda atual teve o melhor mês de dezembro da última década.

A intenção de consumo aumentou entre os consumidores com renda mais elevada. No grupo com renda familiar abaixo de 10 salários mínimos mensais, houve queda de 1,8% no indicador em dezembro ante novembro, para 100,6 pontos. Entre as famílias com renda mensal acima de 10 salários mínimos, a intenção de consumo subiu 0,4%, aos 120,0 pontos.

No Índice de Confiança do Empresário do Comércio, houve melhora em dois dos três componentes na passagem de novembro para dezembro. O componente de avaliação das condições atuais aumentou 0,7%, para 84,7 pontos, com altas nos itens economia (0,9%), empresa (0,9%) e setor (0,3%). O componente das expectativas subiu 0,3% em dezembro ante novembro, para 143,8 pontos, com melhora nos quesitos economia (1,1%) e empresa (0,1%), mas ligeira redução no setor (-0,2%). O componente das intenções de investimentos teve queda de 0,2% em dezembro ante novembro, para 108,5 pontos, com avanço no item empresa (0,1%), mas quedas em contratação de funcionários (-0,5%) e estoques (-0,1%).

"O componente relativo às admissões, com queda mensal de 0,5%, mostrou que o emprego temporário de fim de ano teve mais força em outubro e novembro, quando cresceu 1,6% e 2%, respectivamente. A recuperação da intenção de consumo estimulou o otimismo dos empresários pelo terceiro mês consecutivo, e a expectativa é que essa tendência se mantenha nos próximos meses", completou Felipe Tavares.

(Com Agência Estado)

 

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