"Vamos continuar trabalhando na reconstrução do superávit primário, que a gente entende que tem que ser reconstruído justamente para voltar às boas em relação à trajetória da dívida", disse Haddad, em encerramento da conferência promovida pela Arko Advice e Galapagos Capital.
"E é meio que um passe de mágica quando isso acontece. A hora que todo mundo perceber que a coisa está indo no caminho certo, você precipita o negócio. Você tem um efeito de precipitação, aí as agências de risco, que já estavam animadas com o Brasil, vão ficar mais animadas", acrescentou o ministro.
Ele salientou que os economistas, considerando suas previsões iniciais, antes da tragédia no Rio Grande do Sul, erraram em R$ 80 bilhões o déficit primário do ano passado. Mais uma vez, ele disse que o governo tinha espaço para investir R$ 16 bilhões a mais em 2024, mas não o fez pela decisão de chegar mais perto de zerar o déficit, o centro da meta.
Conforme Haddad, o caminho correto para estabilizar a dívida, que pode parecer não ser o mais curto, é o de moderação e persistência no cumprimento das metas. Segundo o ministro, não é fácil convencer as pessoas de que é preciso ter austeridade nas contas púbicas, mas lembrou dos resultados positivos colhidos nos dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citando a queda, na época, da dívida líquida, o pagamento da dívida externa e o acúmulo das reservas cambiais.
"Eu sempre gosto de passar uma mensagem realista, por isso que a primeira parte da resposta é temos problemas, temos aí uma conta para pagar. Mas, ao mesmo tempo, defender o óbvio: a economia brasileira, quando ela é bem tratada, ela devolve em dobro o que você deu pra ela, porque tem muita oportunidade no Brasil. É um país cheio de oportunidades. Então, tratar com carinho a economia brasileira vale muito a pena", concluiu Haddad.
(Com Agência Estado)
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