"É natural, todo mundo gostaria de ter o melhor dos dois mundos. Todo mundo gostaria de poder receber o benefício dos dois lados, mas cabe à gente, também do Banco Central, explicar, discutir melhor essas questões com a sociedade. Este é um dos principais desafios da autoridade monetária, esse tema da comunicação", assegurou o presidente do BC.
Galípolo enfatizou que o tema é "absolutamente novo" para a autoridade monetária até os meados dos anos 90. "Mesmo as autoridades monetárias das principais economias do mundo não comunicavam nem suas decisões de política monetária, que são temas que vem crescendo, que impõem o desafio do Banco Central de falar sobre política monetária", lembrou.
Para o presidente do BC, a comunicação é quase uma arte e precisa ser feita para além dos agentes financeiros. "As autoridades monetárias precisam cada vez mais dialogar com o público mais amplo. Não só sobre política monetária, mas sobre vários outros temas: estabilidade, combate a fraudes, golpes que afetam milhões de pessoas, regulação, mudanças legais que podem afetar e que podem afetar milhões de pessoas", enumerou.
Nesse sentido, de acordo com ele, é "absolutamente bem-vindo que a instituição de política monetária vá ganhando cada vez mais espaço no debate público". Sem citar o nome do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que costumeiramente comenta a política de juros, nem deputados que o antecederam no evento desta terça e que foram críticos à política monetária do BC Galípolo ressaltou que pessoas públicas eleitas têm o direito de se pronunciar sobre o trabalho do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. "Isso é essencial, é importante e é óbvio que é legítimo, especialmente por quem foi democraticamente eleito. Quem foi democraticamente eleito tem todo o direito", disse.
(Com Agência Estado)
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