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Economia Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2025, 18:15 - A | A

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Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2025, 18h:15 - A | A

Dólar sobe alinhado ao exterior com tarifas de Trump no radar

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O dólar apresentou alta moderada em relação ao real na sessão desta quinta-feira, 27, acompanhando a onda de valorização da moeda americana no exterior, deflagrada por novas promessas de imposição de tarifas de importação pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Após amargar ontem o pior desempenho entre divisas emergentes, em meio a rumores sobre a reforma ministerial e à piora da percepção de risco fiscal e inflacionário, o real hoje sofreu menos que pares como os peso chileno e colombiano, além do rand sul-africano.

Números do mercado de trabalho revelados pela Pnad Contínua, pela manhã, e o resultado do Governo Central em janeiro, que saiu à tarde, não destoaram muito das expectativas e tiveram menor influência na dinâmica dos negócios hoje.

"Ontem, o real se descolou dos pares e se depreciou bem com os boatos da reforma ministerial. Mas hoje o movimento é global, com as falas de Trump sobre tarifas", afirma o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, que considera improvável a saída de Fernando Haddad do ministério da Fazenda. "Foi um rumor que ganhou tração ontem e fez o mercado reagir. Mas não vejo isso acontecer. A não ser que o governo deseje fazer uma guinada muito forte para o populismo."

Com máxima a R$ 5,8370 pela manhã, o dólar fechou o dia em alta de 0,43%, cotado a R$ 5,8287, no maior valor de fechamento desde 31 de janeiro (R$ 5,8366). Foi o segundo pregão consecutivo de avanço da moeda americana, que já acumula valorização de 1,71% em relação ao real na semana, o que reduz as perdas da divisa em fevereiro a 0,14%. No ano, o dólar apresenta queda de 5,69%.

No exterior, o índice DXY - que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - subiu mais de 0,70% e voltou a superar a linha dos 107,000 pontos, com máxima aos 107,279 pontos, com ganhos de mais de 0,80% em relação ao euro.

Trump confirmou hoje que as tarifas sobre México e Canadá, que haviam sido suspensas por 30 dias, vão entrar em vigor em 4 de março. Já as tarifas recíprocas passaram a valer a partir de 2 de abril, incluindo a União Europeia. Ele também anunciou aplicação de tarifa adicional de 10% sobre produtos importados da China, em represália a supostas falta de proposta do país asiático para conter a oferta de fentanil.

Dados da economia dos EUA divulgados pela manhã não surpreenderam. A segunda leitura do PIB americano e o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) no quarto trimestre vieram em linha com as expectativas. Investidores aguardam amanhã a divulgação do PCE de janeiro para calibrar as apostas sobre eventual retomada do processo de corte de juros pelo Federal Reserve ainda neste ano.

Lima, da Western Asset, observa que a política tarifária do governo Trump cria um clima grande de incertezas sobre a economia americana e global, o que aumenta os prêmios de risco e tende a fortalecer o dólar em relação às demais moedas. Ao quadro externo mais desafiador soma-se a falta de clareza sobre a disposição do governo em permitir uma desaceleração da economia que possa contribuir para o arrefecimento das pressões inflacionárias.

"Vejo o fortalecimento do dólar nas últimas semanas menos ligado a fatores domésticos, mas o fato é que piorou um pouco a percepção da condução do fiscal e do parafiscal com esses movimentos mais recentes do governo", afirma Lima, citando a liberação de R$ 12 bilhões de recursos retidos de quem optou pelo saque-aniversário do FGTS.

(Com Agência Estado)

 

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