São Paulo, 07/04/2025 - As bolsas asiáticas desabaram nesta segunda-feira, com a de Hong Kong sofrendo a maior queda em um único pregão desde 1997, em meio a temores de que a guerra comercial deflagrada pelo tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, desencadeie uma recessão global.
Liderando as perdas na Ásia, o índice Hang Seng despencou 13,22% em Hong Kong, a 19.828,30 pontos, no maior tombo diário desde a crise financeira asiática de 1997, enquanto o Taiex caiu 9,70% em Taiwan, a 19.232,35 pontos. Na China continental, o Xangai Composto fechou em baixa de 7,34% hoje, a 3.096,58 pontos, amargando a maior queda em um único pregão desde fevereiro de 2020, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 10,79%, a 1.777,37 pontos.
Na sexta-feira (04), quando os mercados da China, de Hong Kong e de Taiwan não operaram devido a um feriado, Pequim anunciou tarifas de 34% a importações dos EUA, respondendo na mesma proporção ao tarifaço revelado pelo governo Trump dois dias antes.
O governo chinês está preparando "esforços extraordinários" para compensar os efeitos das tarifas de Washington, e o PBoC - banco central do país - poderá cortar taxas de juros a qualquer momento, se necessário, segundo o Diário do Povo, principal jornal do Partido Comunista da China.
O Ministério do Comércio chinês, por sua vez, disse que conduziu uma reunião com executivos de empresas dos EUA, incluindo Tesla, GE Healthcare e Medtronic, neste domingo (06), e que seguirá dando apoio para companhias estrangeiras, mesmo as americanas.
Em outras partes da Ásia, as perdas hoje foram igualmente drásticas. O japonês Nikkei recuou 7,83% em Tóquio, a 31.136,58 pontos, e o sul-coreano Kospi teve queda de 5,57% em Seul, a 2.328,20 pontos, com ambos os índices atingindo os menores níveis desde outubro de 2023.
Na Oceania, a bolsa australiana teve seu pior dia desde março de 2020, com queda de 4,23% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.343,00 pontos.
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*Com informações da Dow Jones Newswires
(Com Agência Estado)
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