Considerando a hipótese de aprovação da proposta de taxação das commodities, levantada pelo deputado estadual Wilson Santos (PSDB), a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) iniciou um estudo propondo que a receita arrecadada desta forma seja destinada a um 'Fundo de Industrialização de Mato Grosso'.
Marcos Lopes/HiperNotícias
Considerando a taxação das commodities como uma realidade, Neurilan quer encaminhar a arrecadação a um Fundo de Industrialização de Mato Grosso
Conforme o presidente da AMM, Neurilan Fraga (PSD), a instituição propõe um Plano de Desenvolvimento Industrial do Estado, cujo objetivo é promover e consolidar o processo de industrialização, agregando valor na produção, gerando emprego, renda e mais tributos.
A proposta é uma alternativa para reverter a realidade mato-grossense, já que a industrialização não acompanhou a expansão da produção agropecuária. O levantamento da AMM destaca que a desoneração da Lei Kandir se mostrou perversa ao Estado e municípios, pois foi insignificativa a reposição das perdas de arrecadação pelo governo federal.
“A principal divergência do nosso projeto ao do deputado Wilson, é que eu sugiro que as taxas não sigam para a conta do governo, para pagar salários e encargos do Executivo, e sim para um Fundo que poderá acelerar o processo de industrialização das commodities. Não se pode pensar momentaneamente, temos que resolver o problema”, pontua.
Mayke Toscano/Hipernotícias
Com a Lei Kandir, a produção agrícola expandiu, mas a industrialização não acompanhou o mesmo ritmo
O plano propõe um programa de logística de transporte permeado por uma produção ambientalmente equilibrada, além de considerar o equilíbrio social nos investimentos, visando desenvolver as regiões mais empobrecidas do estado, dentro de uma lógica de mercado competitivo e de produção.
Ainda segundo Neurilan, a gestão do Fundo de Industrialização será compartilhada, Público-Privada, à semelhança do Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa), criado em 1999. A princípio, participarão da gestão, representantes das federações das Indústrias, da Agricultura, Aprosoja, AMM e governo do Estado.
O estudo já levantou as principais questões que serão debatidas e finalizadas em seminário, a ser realizado ainda neste mês, em conjunto com a AMM, Federação da Agricultura, Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Instituto Mato-grossense de Estudos Agropecuários (Imea) e outras instituições dos setores públicos e privados.
ANÁLISE DO GOVERNO
Embora ainda se mantenha contrário às propostas de taxação das commodities produzidas em Mato Grosso, o governo estadual já realiza estudos técnicos para avaliar profundamente o impacto dessa medida na economia do Estado.
Conforme a Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), os relatórios dos estudos serão entregues ao governador Pedro Taques (PSDB), que deverá se posicionar sobre o tema em futuro breve.
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Carlos Nunes 06/06/2016
É o Agronegócio que sustenta MT, colabora até com o Superávit da balança de pagamentos do país. Tem que analisar até que ponto a taxação das commodities vai afetar isso; uma coisa é certa isso vai aumentar os "custos de produção", especialmente o custo de plantio; até que ponto isso influi na competitividade do mercado internacional...O Estado de Goiás parece que já começou taxar, e o produto de lá tornou-se o mais caro do país. No mercado internacional é cobra engolindo cobra, isto é, monte de países querendo vender a mesma coisa; aquele que oferecer um preço menor sempre é o mais preferido. E se o preço do Brasil, da soja, não for o preço mais atrativo, o que acontece? As vendas despencam, consequentemente o país, MT, vai receber menos dinheiro. Esse assunto é muito sério para ser discutidos por políticos. Foram alguns políticos que afundaram a Economia Brasileira...são responsáveis por toda essa crise.
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