Cerca de 400 indígenas protestaram contra o projeto da Ferrogrão, via que pretende ligar a cidade de Sinop (480 km de Cuiabá) ao distrito de Miritituba, em Itaituba (PA), durante o 7º Grito Ancestral, em Santarém (PA), no último sábado (16). Ato ocorreu no rio Tapajós onde foi paralisado o transporte de balsas por cerca de seis horas.
A ferrovia visa ampliar o corredor logístico do agronegócio pelos rios da Bacia Amazônica. Representantes dos povos hastearam faixas e bandeiras em repúdio ao projeto. O ato reuniu povos Tupinambá, Munduruku, Arapiun, Kumaruara, Jaraqui, Tapajó, Tapuia, Apiaka, Kayapó, e de comunidades ribeirinhas do Baixo Tapajós e de Montanha e Mangabal.
O traçado da ferrovia irá passar por seis terras indígenas, entre Mato Grosso e Pará, onde vivem 2,6 mil pessoas, além de 17 unidades de conservação, segundo informado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Além disso, o aumento do escoamento da produção de grãos prevê a intensificação do volume de exportação de grãos pelo rio Tapajós.
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