Uma equipe multidisciplinar, composta por cinco peritos do Instituto Nacional de Criminalística - sendo dois engenheiros civis, dois especialistas em local de crime e um especialista em meio ambiente -, deve chegar ao local nesta quarta-feira, 25, e ficará responsável pela elaboração de ao menos três laudos.
Na terça, 24, a PF instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades pela queda da parte central da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins, no último domingo.
Quatro pessoas morreram e outras 13 estão desaparecidas (11 adultos e duas crianças) depois que dez veículos, entre carros, caminhões e motocicletas, caíram no rio. A investigação será conduzida pelas Superintendências Polícia Federal no Maranhão e no Tocantins, que têm jurisdição sobre a área.
Segundo um documento ao qual o Estadão teve acesso, diversas perícias devem ser realizadas, dentre elas:
- Toxicologia: exame para verificar a contaminação da água e do solo e o risco à saúde da população;
- Danos à fauna e à flora: avaliação dos impactos ao meio ambiente;
- Exame para identificar as causas do colapso da ponte.
A ponte tem um contrato de manutenção em vigência até julho de 2026, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas o órgão não conseguiu contratar uma empresa para fazer obras na estrutura.
Em maio deste ano, a autarquia lançou um edital de R$ 13 milhões para recuperar a ponte. A licitação, no entanto, fracassou, segundo o órgão.
Ao todo, três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, produto químico corrosivo, caíram no Rio Tocantins.
"A Polícia Federal destaca a importância de apurar as causas do acidente e os danos ambientais decorrentes, assegurando a responsabilidade dos envolvidos e contribuindo para a segurança e proteção da população e do meio ambiente", diz a corporação, em nota.
O Maranhão já orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios banhados pelo rio Tocantins que ficam abaixo do desabamento no curso do rio, na direção em que a água flui, até que se determine que a pluma (massa) de contaminantes tenha se diluído e não ofereça perigo ao consumo da água.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realizará as obras de restauro, com previsão de entrega em 2025 e sob o custo entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, investidos pelo Governo Federal.
(Com Agência Estado)
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