Felício foi alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público deflagrada na semana passada. Na ocasião, o delegado Fábio Baena, além dos investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Marcelo Ruggieri e Marcelo Bombom foram presos por suspeita de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele era o único que não tinha sido encontrado e considerado foragido. A reportagem tenta contato com a defesa do policial.
Além deles, a operação também prendeu quatro pessoas apontadas como responsáveis pela lavagem de dinheiro da facção, incluindo o advogado Ahmed Hassan Saleh, vulgo Mude. Durante a operação, foram apreendidos dinheiro, joias e armas nos endereços dos alvos.
Em nota, a Secretaria da Segurança Público disse que o policial será encaminhado para a sede da Corregedoria. "A Delegacia Geral de Polícia informa que, após tratativas com a defesa do policial civil Rogério de Almeida Felício, que figurava como procurado na operação Tacitus, da Polícia Federal, chegou a um acordo para que ele se entregasse. O policial foi apresentado na sede do DEINTER 6 e será conduzido até a sede da Corregedoria."
Conforme o Ministério Público do Estado de São Paulo, a ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção passiva e ativa). A ação é resultado do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC e consequência da delação de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, executado no começo de novembro em plena luz do dia no Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
Baena e Lopes Monteiro atuaram no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. Eles foram responsáveis por investigar Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do PCC. Ambos são citados na delação dele ao Ministério Público.
A defesa de Baena e Lopes Monteiro considera que a prisão dos dois se constitui em "arbitrariedade flagrante". Já a defesa de Saleh disse que está tomando as medidas judiciais cabíveis para revogar prisão temporária. O advogado Anderson Minichillo, que representa Ruggieri, disse que a defesa ainda não teve acesso aos autos e aos motivos da decretação da prisão.
(Com Agência Estado)
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