O acidente aconteceu na manhã do domingo, 22, por volta das 9h. O avião turboélice bimotor de pequeno porte era do empresário Luiz Claudio Galeazzi, que também pilotava a aeronave. Além dele, sua mulher, três filhas, a sogra, outro casal e duas crianças morreram.
Ao menos 17 pessoas que estavam na área em que o avião caiu foram levadas ao Hospital de Gramado, a maioria por ter inalado fumaça. Duas mulheres que sofreram queimaduras estão em estado grave e foram transferidas para Porto Alegre.
Uma mulher de 56 anos foi levada à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de queimados do Hospital Pronto Socorro. Ela teve 43% do corpo queimado e tem quadro estável, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.
A outra mulher, de 51 anos, está na UTI do setor de queimados do Cristo Redentor. De acordo com o último boletim divulgado pela unidade de saúde, ela teve 30% da área corporal queimada com lesões de 2º e 3º graus e segue sedada, em ventilação mecânica.
Trabalho de identificação de corpos continua
O trabalho de retirada de corpos foi concluído na manhã desta segunda-feira. Agora, continua o processo de identificação das vítimas, que deve ser feito com exames de DNA e odontológicos. As informações preliminares indicam que não foi encontrada nenhuma outra vítima fatal além dos passageiros do avião.
O perito criminal Valmor Gomes, chefe da divisão de Engenharia do Departamento de Criminalística do Instituto Geral de Perícias (IGP), relatou ao Estadão que foi um "trabalho muito árduo". Ele afirmou que as equipes de perícia chegaram ao local pouco depois do acidente, mas tiveram que esperar o calor intenso diminuir. Ainda no final da tarde, havia focos pequenos de incêndio e era complicado enxergar. Eles seguiram o trabalho até a madrugada.
A equipe coletou os principais componentes da aeronave e encaminhou as peças para análise do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), responsável pela investigação das causas da queda. Os investigadores do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa V) ficarão a cargo do trabalho, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB).
O IGP deve fazer um laudo criminal com a análise da propagação do incêndio. De acordo com Gomes, a explosão ocorreu de forma violenta, quando a aeronave se chocou contra uma loja de móveis. A parte traseira do avião se preservou nos escombros.
A reportagem perguntou à Defesa Civil se houve dano estrutural a outras construções no entorno do local da queda, mas ainda não teve resposta.
(Com Agência Estado)
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