Nunes participou nesta manhã da inauguração da estação Varginha, da Linha 9-Esmeralda, na zona sul de São Paulo. Ele foi questionado sobre os estragos provocados pela chuva nos últimos dias. Vídeos que mostram o Beco do Batman, na Vila Madalena, completamente tomado pela água em poucos minutos, viralizaram nas redes sociais.
"Foi um volume de chuva muito grande", alegou. Foram 120 milímetros, quase metade para todo o mês de janeiro.
O temporal de sexta provocou alagamento de estações de trem, metrô e avenidas. Na zona norte, o teto de um shopping desabou. No último sábado, 25, o artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, de 73 anos, também foi encontrado sem vida dentro da própria casa, na Rua Belmiro Braga, em Pinheiros, bairro da zona oeste de São Paulo. Informações da Secretaria de Segurança Pública indicam que a residência foi invadida por uma enxurrada provocada pelos temporais da última sexta.
A entrada da água teria sido facilitada após um carro, arrastado pela enxurrada, se chocar e quebrar o portão da casa de Tamanini. Um amigo do artista revelou ao Estadão que a vítima tinha acabado de instalar uma porta antienchente porque sofria de forma recorrente com as inundações neste período de fortes temporais.
Durante a entrevista, Nunes admitiu os problemas de drenagem da Vila Madalena, que sofre com alagamentos há décadas, e defendeu a retomada de um projeto de construção de piscinão para a região. Especialistas ouvidos pelo Estadão em abril de 2024, entretanto, já apontavam que os reservatórios de retenção de água não são as melhores estratégias para resolver o problema.
O método ajuda a reduzir enchentes, mas não funciona como único meio contra alagamentos, sobretudo diante das mudanças causadas pelo aquecimento global. A Prefeitura mantém esse tipo de construção como principal medida de drenagem.
"As obras da prefeitura têm dado o resultado esperado, ainda mais se a gente considerar o que está acontecendo com as mudanças climáticas, com um volume de chuva muito alto, em um espaço de tempo muito curto", afirmou o prefeito. "Obviamente ainda tem muita coisa para fazer, mas a gente já avançou bastante."
De acordo com Nunes, o Município investiu 7,6 bilhões em obras de drenagem - em especial canalizações de rios e construção de piscinões com projeção de capacidade para 100 anos - e contenção de encostas para evitar enchentes e deslizamentos nos últimos quatro anos, período do seu primeiro mandato. Ele afirmou que, neste momento, estão em obras oito novos piscinões na cidade, entre eles o do Rio Verde, na zona leste da cidade, que deve atender à principal demanda de drenagem da cidade hoje.
Além da canalização de rios, construção de piscinões e obras de contenção de encostas, o prefeito citou a construção de jardins de chuva, mas em volume muito menos expressivo: hoje, são 300 em toda a cidade de São Paulo, conforme Nunes.
(Com Agência Estado)
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