Mayara Francisconi levou a filha, Mirella, e outros familiares à praia, na zona sul, na manhã de domingo. No final da tarde pegaram um ônibus da linha 457 (Copacabana-Abolição) e iniciaram o trajeto de volta para casa. Desembarcaram na Avenida João Ribeiro, em Pilares, e estavam aguardando o carro de app para fazer o trecho final do itinerário até em casa.
Enquanto esperavam, na calçada, a menina foi atingida na cabeça por um tiro. Segundo a polícia, criminosos em um carro e uma moto abordaram os ocupantes de um automóvel de luxo que passava pela avenida, perto de onde estava a família de Mayara. Alguma das vítimas reagiu e houve troca de tiros. Um desses disparos atingiu a criança.
Mirella foi levada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, e depois transferida para o Souza Aguiar, no centro, onde foi submetida a uma cirurgia, durante a madrugada.
Consultada pela reportagem às 19h desta segunda-feira, a direção do hospital Souza Aguiar limitou-se a informar que o estado de saúde de Mirella é grave.
Segundo a família, a criança tem diagnóstico de autismo. "Ela não fala direito, é uma criança que tem uma debilidade, e acontece essa fatalidade. Dói demais", contou Mayara à TV Globo. Segundo ela, tudo aconteceu muito rapidamente.
"Só ouvimos um estalo e uma luz clara assim, rápido, e quando fui ver ela já estava baleada. Minha filha não merecia passar por isso. A gente vê todo dia nas reportagens, mas nunca imagina que vai acontecer com a gente."
O pai de Mirella não tinha acompanhado a família à praia e estava se preparando para ir à missa quando recebeu a notícia de que a filha havia sido baleada. "Fiquei desesperado e quase desmaiei. Saí correndo para o Salgado Filho", contou ele à mesma emissora.
O caso é investigado pela 23ª DP (Méier).
(Com Agência Estado)
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