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Brasil Sexta-feira, 10 de Janeiro de 2025, 07:30 - A | A

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Sexta-feira, 10 de Janeiro de 2025, 07h:30 - A | A

Casal sofre homofobia em viagem de ônibus de Balneário Camboriú para SP

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Um casal gay registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo alegando ter sofrido ataques homofóbicos durante uma viagem de ônibus entre Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e a capital paulista. Os dois rapazes teriam sido ofendidos por outra passageira sob a alegação de que teriam derramado bebida no chão e sujado sua bagagem.

"Veado" e "bibas" foram algumas das expressões usadas pela mulher. O caso é investigado pelo 78º Distrito Policial (Jardins).

"Nos próximos dias, as equipes da unidade irão notificar as vítimas e os envolvidos para prosseguimento das diligências visando ao esclarecimento dos fatos", disse a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado, em nota.

A passageira não teve o nome divulgado. A defesa não foi localizada.

A Auto Viação Gadotti, empresa responsável pela viagem, repudiou o episódio e disse que "não compactua com qualquer ato de homofobia e preconceito".

Segundo a empresa, o motorista não presenciou os fatos, pois estava conduzindo o ônibus.

O caso aconteceu no último dia 2, quando o programador Wellington Gabriel dos Santos, de 28 anos, e seu namorado, o cabeleireiro Ailton Flávio da Silva, retornavam para São Paulo, após passar o réveillon na cidade turística catarinense.

No boletim de ocorrência, Wellington relata que, por volta das 19 horas, a passageira sentada à frente do casal começou a reclamar que eles teriam derramado bebida e sujado os pertences dela.

Em seguida, mesmo diante da negativa deles, a mulher passou a proferir as ofensas.

"Essas bibas" e palavras de baixo calão são ditas pela mulher, como mostra vídeo gravado pelo casal. Os outros passageiros não intervieram durante a situação.

As imagens foram parar nas redes sociais. No registro policial, Wellington afirma que pediu ajuda a um dos motoristas do ônibus para identificar a passageira, mas não teria recebido suporte. Ao chegar em São Paulo, o casal procurou a polícia.

A Auto Viação Gadotti disse ainda que, por força da Lei Geral de Proteção de Dados, não pode divulgar os nomes dos passageiros, a não ser quando for requerido pelas autoridades. "Mais uma vez a empresa lamenta o ocorrido entre os passageiros e reforça o seu compromisso de respeito a todos os passageiros", disse, em nota.

(Com Agência Estado)

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