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Esta prática já se tornou tão comum que hoje é difícil chegar perto de um político sem ter que primeiro passar pelos seus pombos ou ao menos pisar nas penas e cacas espalhadas pelo chão deixadas por aqueles que os rodeiam.
Mudam-se os donos do poder, mas não mudam-se os pombos. Seja em Câmaras de Vereadores, Prefeituras, Tribunais, Assembleias Legislativa, palácios de governo e até Presidentes da República, lá estão os pombos, os mesmos de sempre. Fazendo o que? Esta é a pergunta.
Estão ora no exercício de pombos correio, para esparramar fofocas, ora apenas para poluir o ambiente e contaminar o exercício público institucional. Eles com o tempo blindam o gestor de tal forma que o cega, e só ouvem seu canto (Não, os pombos não cantam. Nem sei bem como se chama o ruído que eles emitem... Arrulhar?! Eu chamo de "crrruuu-crruu irritante!"). São tantos fazendo barulho que a informação só chega distorcida ou da forma que eles querem, quando querem.
O grande desafio de um gestor é formar um governo sem pombos. Quando um prefeito, um governador ou gestor de qualquer casa, autarquia ou estatal é eleito já vem os correligionários, os cabos eleitorais mais vereadores da base apoiadores de campanha com sua gaiola cheia de pombos para abrir as porta e atracar junto ao novo executivo.
Nem o judiciário escapa. Os três poderes e seus adjuntos estão contaminados por pombos. Por isso ao entrar em um órgão público observem, tanto para o chão quanto para o céu, são basicamente os mesmos de sempre. Nunca fizeram concurso, não são formados em nada e não tem expertise, mas estão sempre lá. Se você não observa você pisa na caca ou a caca pode cair em sua cabeça.
Mudam-se os eleitos, mas os pombos continuam.
A dita “gestão de qualidade” começa por espantar os pombos, pois eles são naturalmente chamariz para doenças (corrupção) e para atrair serpentes (corruptos e corruptores) que mais cedo ou mais tarde irão destruir a imagem e a credibilidade do gestor. Eles, os pombos, não são os fins, mas o inicio de todo mal no exercício do poder.
Que os novos governos, deputados e senadores que iniciarão no próximo ano saibam espantar os pombos. Caso contrário já começarão surdos pelo ruído causado pelos sons que os pombos emitem e até sujos e fedidos, pois “caquinhas” igual pombos fazem nem o pombo pássaro sabem fazer.
* JOÃO EDISOM DE SOUZA é analista político, professor universitário em Mato Grosso e colaborador de HiperNotícias
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