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Artigos Quarta-feira, 28 de Agosto de 2024, 15:24 - A | A

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Quarta-feira, 28 de Agosto de 2024, 15h:24 - A | A

MAX LIMA

O que saber sobre uso da cannabis

MAX LIMA

O interesse na utilização da cannabis para uma variedade de condições clínicas cresceu muito. Entre as indicações para o uso medicinal da cannabis, estão: Estão entre as condições atualmente sendo avaliadas: epilepsia, câncer, dores crônicas, ansiedade, distúrbios do sono, autismo, Alzheimer, esclerose múltipla entre outras. Mas pode ter efeitos colaterais potenciais e ainda pode interagir com outros medicamentos.

Afinal, qual a diferença entre "cannabis", "THC" e "canabidiol"?
1. Cannabis (também referida como maconha) é o nome científico do gênero de plantas que inclui Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis que é o cânhamo tem níveis baixos de THC (menor que 1%), mas mantém a presença do Canabidiol (CDB). É esta última a molécula que detém muitas propriedades terapêuticas.
2. O THC, ou tetraidrocanabinol, é um dos muitos canabinoides encontrados na cannabis. É o principal composto psicoativo encontrado na cannabis e tem uma relação complexa com o sistema endocanabinoide.
3. O canabidiol, ou CBD, é outro canabinoide encontrado na planta de cannabis. Ao contrário do THC, o CBD não é psicoativo, o que significa que não produz "euforia". No entanto, o CBD tem uma variedade de possíveis aplicações terapêuticas, incluindo a redução da ansiedade, manejo da dor e a redução do limiar de convulsões em certas condições.

Em resumo, cannabis (ou maconha) pode se referir à planta como um todo, enquanto THC e canabidiol são dois dos muitos compostos ativos que a planta de cannabis produz. Esta distinção é importante, pois postula-se que cada um desses compostos tem propriedades e efeitos diferentes no aparelho circulatório, como falaremos abaixo.


Qual é mais abundante na maconha, THC ou canabidiol?

O composto mais abundante na maconha pode variar dependendo da cepa específica da planta. Frequentemente, o THC é o canabinóide mais abundante, especialmente nas variedades cultivadas para uso recreativo. O THC também é mais potente que o CBD e tem um maior impacto nos sistemas de sinalização cerebral. 


Por outro lado, o CBD pode ter maior concentração em variedades de maconha cultivadas para uso medicinal. Nos últimos anos, os produtores de cannabis têm criado variedades de plantas com diferentes proporções de THC para canabidiol para atender às diferentes necessidades.


Quais os efeitos da maconha no sistema cardiovascular?
1. Aumento da frequência cardíaca:. Esse efeito geralmente tem curta duração, mas pode ser mais pronunciado em indivíduos com história de miocardiopatia ou arritmias, nos quais a elevação da FC é indesejada. Ademais, há relatos do uso de cannabis associados a arritmias, como fibrilação atrial 

2. Elevações na pressão arterial. Em algumas pessoas, este aumento na PA pode ser transitório. Mas outras pessoas podem apresentar uma elevação mais sustentada da PA, aumentando o risco em portadores de hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares. 

3. Alterações no fluxo sanguíneo e vasorreatividade: Para além da PA, os efeitos vasculares da cannabis são diversos, e dependente do tempo e quantidade de exposição. Por exemplo, o THC se liga ao receptor PPARγ levando a um aumento a curto prazo na biodisponibilidade do óxido nítrico, e contribuindo com vasodilatação. Por outro lado, o uso prolongado foi associado ao aumento da resistência vascular periférica e maior vasoconstrição. Também há evidências de maior inflamação vascular (incluindo aterosclerose) com o uso crônico. Em alguns casos, os efeitos vasoativos e inflamatórios podem se superpor, como é o caso da arterite canábica. 

5. Ativação das plaquetas e hipercoagulabilidade sanguínea:. Além disso, observou-se também maior produção de ácido araquidônico, que também está relacionada a disfunção endotelial, inflamação e hiper-reatividade plaquetária.


É importante ressaltar que as respostas individuais à cannabis podem variar amplamente, e que muitos destes efeitos deletérios no sistema cardiovascular são atribuídos ao THC.

Já o CBD, como mencionado, poderia ter um efeito modulador , daí o maior interesse terapêutico com este componente. Alguns dos efeitos cardiovasculares associados exclusivamente ao CBD incluem:

1. Vasodilatação e redução da pressão arterial
2. Efeitos anti-inflamatório
3. Efeitos antioxidantes

Embora estas características farmacológicas no sistema cardiovascular pareçam promissores, é importante lembrar que a aplicação do CBD como tratamento para condições cardiovasculares ainda não foi estabelecido.

Vale lembrar que fumar maconha causa ao longo do tempo:
Ansiedade;

Aumento da probabilidade de ocorrência de sintomas psicóticos;

Diminuição da atenção e memória;

Diminuição da capacidade motora;

Euforia;

Os sentidos tornam-se mais aguçados;

Pânico;

Paranoia;

Sensação de relaxamento.

Portanto fique atento. Uso terapêutico de nada tem a ver com uso recreativo. Os efeitos são completamente diferentes.

(*) MAX LIMA é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, conselheiro do CFM, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Mato Grosso(SBCMT), Médico Cardiologista do Heart Team Ecardio no Hospital Amecor e na Clínica Vida Diagnóstico e Saúde. CRMT 6194

 

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