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Artigos Sexta-feira, 13 de Setembro de 2024, 11:15 - A | A

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Sexta-feira, 13 de Setembro de 2024, 11h:15 - A | A

LUCIANO PINTO

Mad Max Pantaneiro

LUCIANO PINTO

É interessante como a mídia dá destaque para os problemas apenas quando eles ocorrem perto do quintal dos grandes centros. As queimadas são uma infeliz e antiga realidade de grande parte do Brasil, mas isso nunca foi a pauta principal.

Em 2024 completo vinte anos de Mato Grosso. Em Cuiabá, sua capital, já são quinze anos. E é mais que sabido que na região centro-oeste, há muito tempo, o início do segundo semestre do ano nos faz pensar que estamos em um verdadeiro apocalipse, em uma terra devastada, digno de um cenário “madmaxiano”. Isso se deve não apenas à estiagem de chuva, mas principalmente pelo calor intenso, e pelo domínio das queimadas. Nos meses de agosto e setembro, sem um pingo de água desde maio, se alastram inúmeros focos de incêndio. Criminosos ou não (não importa!), percebemos que sufocamos entre fumaça e poeira.

O corpo humano sente bastante, fato que vai descambar no sistema de saúde, público ou privado (também não importa). Ou seja, o que não se gasta com combate aos incêndios vira despesa de saúde do povo. Quando da rede pública, receitas advindas do Estado, e na rede privada, despesas dos parcos rendimentos auferidos pela população.

O que chama a atenção é que a imprensa nacional, principalmente os meios de comunicação mais abastados (sediados na região sudeste e sul), até então não eram capazes de perceber a gravidade do problema que a população do centro-oeste e norte do país vem suportando há muito anos, décadas eu diria. Apenas agora, com inúmeras queimadas no interior do estado de São Paulo, é que os grandes meios de comunicação estampam em suas capas o que está ocorrendo em locais afastados das suas sedes. Estamos diante de um exemplo latente de seletividade midiática, quando o assunto vira pauta apenas quando aperta no próprio calo.

Tirando este detalhe, é extremamente importante que a imprensa de continuidade às denuncias sobre o tamanho do estrago que as queimadas fazem nesta época do ano em boa parte do país. Isso talvez pressione os governantes a criarem planos efetivos de combate à um mal que há décadas é uma realidade constante, ao invés de apenas ficar fazendo o m em baile de gala homenageando príncipe saudita.

Sem qualquer combate organizado e sério, a projeção do país para o futuro passará de pulmão do mundo, para chaminé do universo. Vamos acompanhar.

(*) LUCIANO PINTO é advogado ([email protected]).

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Mada Nunes 13/09/2024

Ouvi de alguém uma ideia simples e eficaz: descontar a percentagem queimada do Plano Safra. Se no ano anterior, as queimadas atingiram X% do território, então esse percentual seria retirado do Plano Safra e reinvestido no reflorestamento pelo governo. O bolo fica menor, pesa no bolso e daí nasce a \"conscientização \". Achei ótima a ideia.

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