Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,80
euro R$ 6,05
libra R$ 6,05

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,80
euro R$ 6,05
libra R$ 6,05

Artigos Quarta-feira, 26 de Março de 2014, 09:10 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quarta-feira, 26 de Março de 2014, 09h:10 - A | A

Dilma é favorita

A oposição não tem sucesso em suas investidas por insistirem com velhos políticos de ideias velhas, por não terem um projeto para o Brasil...

JOÃO EDISOM





Facebook

A eleição presidencial de 2014 no Brasil não será uma mera disputa eleitoral de marketing politico e de projetos futuros que, aliás, ninguém tem, nem governo nem oposição. Em um cenário de futuro muito incerto em função do mercado internacional e dos erros cometidos pelo governo Dilma Rousseff, o que vai marcar as próximas eleições é uma luta de classes, onde os dois extremos da pirâmide social se unirão em torno da atual presidente para manterem o status quo adquiridos nas últimas décadas.

Que a oposição brasileira é incompetente ninguém duvida. Apesar dos constantes deslizes cometidos tanto no governo Lula (sendo o maior deles o mensalão) quanto na gestão da presidente Dilma, os opositores nunca convenceram a população votante que poderiam fazer diferente, e melhor, do que está sendo feito. O episódio Pasadena, refinaria adquirida nos EUA na gestão Dilma Rousseff frente à Petrobras, vai tomar conta dos debates. Mas vai arranhar a reeleição da atual presidente? Só o tempo vai dizer. Mas se depender da “competência” da oposição, não passará de gritos ao vento.

Hoje, o patrulhamento dos petistas mais afoitos em constantes tentativas de descaracterizarem qualquer interlocutor que fale algo contra a atual gestão, ou mesmo os cegos militantes que só acreditam na sua própria versão, tem causado mais estrago a popularidade da atual presidente que qualquer destempero das forças opositoras. E isso se dá por vários motivos. Os partidários cegos irritam as pessoas com um pouco mais de esclarecimento por não admitirem os erros óbvios cometidos por sua gestão.

Já a oposição não tem sucesso em suas investidas por insistirem com velhos políticos de ideias velhas, por não terem um projeto para o Brasil, não terem uma proposta eficiente e nunca terem feito melhor do que está sendo feito, especialmente para as classes menos favorecidas. Engana-se quem pensa que é apenas os “programas bolsas tudo”; têm os programas de moradia, o de pequenos créditos e o financiamento estudantil (FIES), que possibilitou muitas pessoas frequentar uma faculdade. Esta parcela da população antes abandonada e hoje parcialmente assistida por si só já representa em torno de 40 % da população votante deste país.

A outra parcela deste favoritismo vem dos financiadores de campanha. Se o governo FHC beneficiou os bancos quebrados, o governo petista/peemedebista é um paraíso para as grandes corporações financeiras. Basta ver os lucros trimestrais obtidos ano após ano dos bancos Itaú, Bradesco, Santander, entre outros. Soma se a isto o crescimento das empreiteiras que sobrevivem e prosperam graças aos polpudos “investimentos públicos” e os megaempresários cada vez mais “megas”. É neste contexto que ambos os “felizes” da vida são os principais financiadores de campanha de quem já está no poder.

Esta é uma equação perfeita para se obter sucesso nas urnas durante uma eleição: agradar os extremos da pirâmide e espremer no meio a chamada classe média. Classe esta que parece ser a única descontente com a atual gestão. São formados pelos intelectuais, professores universitários, os autônomos, os médios empresários, os funcionários públicos ou privados com ganhos acima de dez salários mínimos, médios produtores, que em tese são os grandes pagadores de impostos deste país. Pagam muito e, ao contrário das outras classes que estão sendo amplamente contempladas pelo governo federal, não veem beneficio algum.

Acontece que esta classe média é a mais contraditória. Pesquisas apontam que justamente dela vem quase a totalidade de votos nulos e brancos. São pouco participativos nos grupos políticos, não gostam de se filiar em partidos e muito menos participarem da vida pública das cidades. Fogem de qualquer associação de pessoas que não visa lucro individual e por cima adoram gerar fatos exagerados que levam ao descrédito. Inverdades tais como: o filho do Lula comprou a Friboi ou se tornou proprietário de um avião a jato. Estes factoides que percorrem as redes sociais levam ao descrédito qualquer posicionamento com possibilidade se caracterizar como mudança efetiva para a sociedade.

Os movimentos de junho passado foram o grito de agonia desta classe oprimida. Mas, apesar do tamanho e da aprovação social, ela não representa a maioria dos eleitores brasileiros. A maioria não foi para as ruas ao contrário, silenciaram ou até aplaudiram, mas não mudaram seu posicionamento. O movimento das ruas, embora represente a mais verdadeira dor do brasileiro, ainda não é um indicio de consciência cidadã.

A cúpula governista tem consciência destes elementos e por isso não tomou conhecimento. Passado o susto, tudo continuou como “dantes no castelo de Abrantes”. Por estas e por outras que a situação patrulha e patrola qualquer grito ou qualquer força contrário a seus interesses, nem o judiciário escapa. A oposição precisa ter consciência de seu fracasso para conseguir encontrar a saída. E isso parece ser o que menos tem feito. Outubro vem aí e a luta de classe continua.


*JOÃO EDISOM DE SOUZA é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador de HiperNotícias

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Zé da Silva 27/03/2014

Dilma é uma das favoritas da PF para morar na cadeia junto com seu guru Lula.

positivo
0
negativo
0

1 comentários

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros