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Artigos Sábado, 05 de Abril de 2014, 08:01 - A | A

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Sábado, 05 de Abril de 2014, 08h:01 - A | A

Causos de Mato Grosso 13

O bar do Pirunga

ANÍBAL ALENCASTRO



No velho distrito da Guia, além dos corriqueiros causos de assombrações, existiram outros curiosos e até engraçados que marcaram época, dignos de registros, como fato social.

Refiro-me a um conceituado cidadão que tinha o curioso apelido de PIRUNGA e lá pelos anos cinqüenta, foi nomeado como telegrafista do Departamento dos Correios e Telégrafos em Cuiabá. Logo em seguida, ele foi designado para tomar posse na agência postal do distrito da Guia.

Com o passar do tempo, o telegrafista Pirunga tornou-se muito conhecido e popular no vilarejo e com intuito de participar do progresso de Nossa Senhora da Guia, resolveu montar um belo e moderno bar, na rua principal da localidade, colocando um nome deveras pitoresco: BARGUIA, querendo com isso prestar uma homenagem a pequena cidade.

Mesmo em se tratando de coisa séria, o povo local não aceitou a denominação, considerando o nome até como um insulto, entendendo que aquela denominação seria um trocadilho da palavra BARGUILHA...

Outro fato engraçado registrou-se também naquele vilarejo, quando da visita inesperada de um professor de português, que logo que adentrou na cidadezinha através da ponte de ferro, passou a apreciar as placas referentes aos diversos nomes das pequenas ‘’vendas’’ e ‘’bolichos’’ do comércio local. Por coincidência, todas estavam escritas com erros gravíssimos de português, a exemplo de caza, peche, borraxaria, ofisina de concertos, etc.

A cada placa que lia, o professor ia se irritando de tal maneira que, não contendo a raiva, quis imediatamente sair daquele lugar.

E por outra coincidência, quando já estava saindo do lugarejo, lançou um derradeiro olhar para uma das ultimas placas, onde leu: ‘’Alfaiataria Aguia De Ouro’’.

O professor disse: “Graças a Deus pelo menos temos uma para salvar a cidade”. E saltou do automóvel, fazendo questão de cumprimentar o alfaiate, dizendo: “O senhor é o único que escreveu sua placa certa: ‘’Alfaiataria Aguia de Ouro’’, só faltou um acentinho no nome da ave. Meus parabéns!...”

Ai, o alfaiate retrucou: “Professô, não é ‘’Águia de Ouro’’ e sim ‘’Agúia de Ouro!...’’

*ANÍBAL ALENCASTRO é geógrafo, professor universitário aposentado, historiador e escritor, com vários livros já publicados.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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