Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,77
euro R$ 6,00
libra R$ 6,00

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,77
euro R$ 6,00
libra R$ 6,00

Copa Pantanal Segunda-feira, 10 de Março de 2014, 10:41 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 10 de Março de 2014, 10h:41 - A | A

COPA PANTANAL

Operários reclamam de humilhação e péssimas condições de trabalho e param obra da Copa

Segundo operário, a empresa não dá condições de trabalho e os funcionários sofrem com humilhação constante

KARINE MIRANDA



Aproximadamente 190 operários que atuam na obra do Centro Oficial de Treinamento (COT) da UFMT fazem um protesto por melhores condições de trabalho na manhã desta segunda-feira (10). Eles cruzaram os braços e não há previsão de retorno para o canteiro de obras.

O motivo da paralisação é em decorrência do não posicionamento da empresa responsável pela obra, a construtora Engeglobal, que desde o último dia 24 não apresentou solução para os problemas relativo às condições de trabalho.

Inclusive, na data, os funcionários denunciaram a situação ao Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) que encaminhou o documento ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).

De acordo com a denúncia e informações dos funcionários, os banheiros estão entupidos, não há água no bebedouro, e os salários deste mês estão atrasados. Isso porque a previsão é de que a remuneração fosse paga na semana passada.

“Nós estamos sofrendo há vários dias, mas hoje foi a gota d’água. Nós chegamos aqui e o pessoal desanimou. Não tem água no bebedouro, não tem água para lavar a mão, não tem água para dar descarga nos banheiros. Está pior que todos os outros dias”, afirma o operário Antônio Hélio.

Edson Rodrigues/Secopa

Operários reclamam de humilhação e péssimas condições de trabalho e param obra da Copa


Segundo ele, ainda há o agravante de que a empresa sequer fornece o vale transporte para o trabalhador além de não depositar o FGTS e não contabilizar as horas extras trabalhadas.

“Além de termos de vir aqui nos sujeitarmos a estas condições, a empresa não quer pagar o passe de ônibus. Um funcionário aqui foi pedir o passe e o responsável disse para ele se virar. Mas como que nos fazemos se nem salários não estamos recebendo?”, questionou.

HUMILHAÇÃO

Outro ponto abordado pelo funcionário é que além das péssimas condições de trabalho, os funcionários sofrem constante humilhação no canteiro de obras principalmente por parte da diretoria. Inclusive, as ofensas já chegaram a ser feita coletivamente em reunião.

“Veio aí um engenheiro de Campo Grande que a empresa mandou para ficar de olho na obra, e nos tivemos uma reunião com ele. Na reunião, ele nos chamou de preguiçosos, mas não vê a bagunça que é aqui (no canteiro). Ele está achando que a gente é cachorro para trabalhar de sol a sol sem água pra beber, sem higiene no banheiro, sem comida”, apontou.

Conforme Antônio, a falta de consideração é tão grande que muitos funcionários já cogitam deixar o emprego. “Se for comparar com as empresas que tem aí, que constrói esses prédios, nós aqui somos tratados como cachorros. Em todos os lugares, é limpo, a fiscalização do trabalho bate duro e aqui, nada. E olha, que não dar nem para falar que o salário aqui compensa a humilhação, que não compensa. É igual a todos os canteiros”, afirmou.

Divulgação

Além das péssimas condições de trabalho, os funcionários sofrem constante humilhação no canteiro de obras, segundo operário


Dessa forma, a categoria espera o que eles chamam de “consideração” por parte da diretoria da empresa e querem que a situação seja resolvida sob pena de que os 190 operários entrem em greve.

“A diretoria, a empresa, acha que a gente não faz falta. Que é só mandar embora e está resolvido. Mas se a gente parar, todo mundo pedir demissão, isso aqui não anda. Não tem mão de obra para dar continuidade nessa obra. Eles (a diretoria) tinham que ter consciência que isso aqui é para a Copa, que tem ter respeito pelo funcionário para obra andar”, assegura.

Esta não é a primeira vez que os operários contratados pela Engeglobal reclamam de problemas com a empresa. No dia 11 do mês passado, trabalhadores que atuam nas obras do COT da Barra do Pari e do aeroporto, ambos em Várzea Grande, cruzaram os braços e paralisaram as atividades por causa de descontos nos salários e atraso nos pagamentos. Na ocasião, inclusive, cinco funcionários foram demitidos pela ação.

OUTRO LADO


O HiperNotícias tentou falar com o responsável pela empresa, Robério Garcia, mas ele não atendeu ou retornou as ligações. Já a assessoria da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), por sua vez, informou que a solução do problema cabe apenas à empresa, mas garantiu que está monitorando a paralisação dos funcionários e acompanha a situação para que o cronograma de entrega da obra não seja comprometido.

AS OBRAS

O COT da UFMT começou a ser construído em março do ano passado e deveria ter sido entregue em dezembro passado, mas teve a inauguração remarcada para 27 de abril.

Levantamento apresentado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) apontou que a quantidade de mão-de-obra no local é insuficiente para que a obra seja concluída a tempo para a Copa.

Comente esta notícia

Lucas de Biasi 10/03/2014

Sr. Robério, quando o conheci, o Sr. era um homem que parecia ser responsável. O que é que está acontecendo. Garanto que o Sr. José Garcia Neto, seu pai, não estaria satisfeito com tudo isso. Respeite os seus funcionários, para ser respeitado.

positivo
0
negativo
0

1 comentários

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros