As nomeações aumentam a influência de Francisco no grupo que elegerá o seu sucessor e ampliam o espaço da agenda de reformas do líder católico.
Jaime Spengler é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão que reúne o episcopado brasileiro. Em entrevista ao Estadão, o arcebispo avaliou como "positiva" a discussão em setores da Igreja Católica sobre o celibato clerical, voto realizado por padres para que permaneçam castos e não se casem. "Certamente é positivo, pois implica a necessidade de ainda maior determinação no estudo e aprofundamento do tema", disse o religioso.
"A expectativa é poder responder à altura àquilo que o papa pedia no final de sua alocução: que os nomeados, confirmando sua adesão a Cristo, 'me ajudem no meu ministério de Bispo de Roma para o bem de todo o povo santo de Deus'", afirmou o presidente da CNBB sobre a nomeação para cardeal.
Outro cardeal de destaque a ser nomeado neste sábado é Carlos Gustavo Castillo Mattasoglio, arcebispo de Lima, capital do Peru. Em um artigo escrito para o jornal El País, Castillo descreveu um movimento católico peruano de direita, o Sodalitium Christianae Vitae, como um "experimento fracassado". "Minha hipótese é que o Sodalitium obedece a um projeto político", escreveu Castillo. "É a ressurreição do fascismo na América Latina, usando artisticamente a igreja por meio de métodos sectários."
Uma das marcas de Francisco no período à frente do Vaticano tem sido priorizar a diversidade geográfica no colégio de cardeais. Neste sentido, a lista de empossados neste sábado também inclui arcebispos da África e da Ásia. / COM AP
(Com Agência Estado)
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