Segundo a emissora, Gigantiello é acusado de fazer transferências não autorizadas de US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 10,9 milhões, conforme a cotação atual) de fundos paroquiais a uma empresa de advocacia de Frank Carone, ex-chefe de gabinete do prefeito de Nova York, Eric Adams. A acusação vem em meio a uma investigação de corrupção de Adams, indiciado em setembro.
Arthur Aidala, advogado de Gigantiello, afirmou à NBC News que as transferências teriam beneficiado a igreja e que despesas pessoais feitas por ele em um cartão de crédito da diocese teriam sido autorizadas por escrito. Segundo Aidala, a igreja teria recebido 12% de juros sobre um pagamento de US$ 1 milhão (R$ 5,7 milhões).
O bispo Robert J. Brennan afirmou que o padre não exerce mais nenhuma função de supervisão pastoral ou governança na igreja. Conforme o comunicado, a investigação "revelou um padrão de graves violações das políticas e protocolos diocesanos por parte de Monsenhor Gigantiello".
O padre já havia sido afastado de seus cargos administrativos depois que autorizou a gravação do clipe de Feather, música do álbum Emails I Can't Send, de Sabrina Carpenter. No vídeo, a cantora é a responsável pela "morte" de diversos homens que a assediam. Nas cenas finais, ela aparece dançando na igreja, usando um véu e vestido de tule preto, com vários caixões no altar.
À época, a Diocese do Brooklyn denunciou o vídeo à Catholic News Agency, afirmando estar "chocada com o que foi filmado". Em resposta ao clipe, o bispo Robert J. Brennan celebrou uma Missa de Reparação para "restaurar a santidade" da igreja.
Depois do lançamento do clipe, Gigantiello publicou um comunicado no Facebook pedindo desculpas aos fiéis e afirmando que não sabia que as gravações teriam conteúdo "provocativo". "Lamento profundamente o incidente ocorrido e qualquer angústia que as minhas ações possam ter causado", disse. O vídeo ultrapassa 100 milhões de visualizações.
(Com Agência Estado)
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