Auxiliar de produção desempregado, Kaíque Batista está processando a TV Globo e a jornalista Maria Júlia Coutinho por danos morais. Em março deste ano, ele foi absolvido do crime de racismo por falta de provas contra a apresentadora do 'Jornal Hoje'. O processo corre desde 2015. Na época, Kaíque acabou sendo levado por policiais militares e funcionários do Ministério Público de São Paulo para prestar depoimento ao Fórum Criminal da Barra Funda e teve o seu computador apreendido. Primeiro como suspeito e depois denunciado por falsidade ideológica, injúria, corrupção de menores na internet e associação criminosa na internet. O rapaz conseguiu responder em liberdade.
Reprodução
Kaíque pede R$ 800 mil de indenização por danos morais. "Até hoje eu sou apontado nas ruas. Adquiri síndrome do pânico e depressão. Acabaram com a minha vida e eu quero Justiça", explica a coluna.
Angelo Carbone é o advogado que defende Kaíque Batista no processo e está otimista com relação a uma vitória na Justiça. "O juiz já ordenou a citação dos réus, mas ainda não foi realizada. É um processo só, mas eu coloco os dois, a emissora e a jornalista, na ação porque houve a tentativa de incriminar um inocente. Ele conhecia as pessoas, mas não fez nada e, na verdade, ele que teria que ter praticado o ato racial, a intenção, o dolo, para ser acusado e não foi o que aconteceu. Destruíram a vida do rapaz e é justo que o Kaíque seja reparado", afirma Carbone com exclusividade à coluna.
Procurada, a comunicação da TV Globo responde: "Não nos manifestamos sobre assuntos sub judice."
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