Atualmente, 56% dos adultos brasileiros têm obesidade ou sobrepeso, sendo que 34% estão obesos e 22% apresentam sobrepeso, de acordo com uma pesquisa divulgada durante o Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO 2024), realizado em junho, na capital paulista.
O levantamento aponta que a situação deve piorar até 2044. Dentro de 20 anos, quase metade dos adultos brasileiros, 48%, terão obesidade e outros 27%, sobrepeso. Chegando a três quartos dos adultos brasileiros com o problema, ou seja, 75% da população.
Conforme o médico cardiologista e intensivista do Hospital São Mateus de Cuiabá, Sandro Franco, a notícia é preocupante, já que a obesidade é uma doença crônica.
“A obesidade não possui uma causa única como a maioria pensa, que é a ingestão excessiva de alimentos, ela é uma doença multifatorial que envolve fatores biológicos, psicossociais, socioeconômicos e também ambientais”, alerta o médico.
Alimentação rica em gordura, sedentarismo, estresse, ansiedade, genética, dormir pouco, são alguns fatores que levam à obesidade.
Ele assinala que a maioria das pessoas começa a ganhar peso na infância, alguns por questões genéticas, outros em função da alimentação desequilibrada e estilo de vida que propiciam o aumento excessivo de peso.
O especialista destaca ainda que a tendência mundial de crescimento da obesidade também é uma realidade em Cuiabá.
“Na capital mato-grossense cerca de 50% de população encontra-se obesa, segundo um estudo feito pelo professor e cardiologista da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Doutor Luiz Scala”, pontua ele.
Detecção
O índice de massa corporal (IMC) é um dos principais parâmetros para a classificação de obesidade. Ele é calculado dividindo-se o peso em kg pela altura ao quadrado, em metros. Confira como é feita a classificação: Normal: IMC de 18,5-24,9; Excesso de peso: IMC de 25-29,9; Obesidade grau I: de 30 a 34,9; Obesidade grau II: de 35 a 39,9 e Obesidade grau III: acima de 40.
A medida da cintura também é utilizada para monitorar a obesidade. Algumas vezes a pessoa não engorda como um todo, mas ocorre especificamente o aumento do abdômen, que é um sinal de alteração metabólica.
Doenças associadas
Franco destaca que a obesidade é prejudicial à saúde porque geralmente está associada a outras doenças, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, apneia do sono, entre outras doenças graves.
Até mesmo o coração tem a estrutura alterada pela obesidade, o que resulta na sobrecarga com a alteração do relaxamento, fator que eleva a chance de desenvolver insuficiência cardíaca.
Ele ressalta que em torno de 3 milhões de pessoas no mundo, têm algum evento cardiovascular relacionado à obesidade. E a doença é responsável por 30% das mortes por problemas cardiovasculares, em sua maioria por infarto do miocárdio ou Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Tratamentos
A principal indicação do cardiologista é mudança de estilo de vida. A começar por uma dieta com baixa caloria e a prática de exercícios físicos, sob orientação de profissionais especializados no assunto.
Ele enfatiza que o tratamento farmacológico é um grande aliado no tratamento para a redução de peso.
“Hoje temos os análogos GLP-1, que é uma classe de medicamentos injetável e em comprimidos que ajudam consideravelmente na perda de peso. A Semaglutida, por exemplo, pode levar à queda de até 20% do peso, mas claro que, associada a dietas e atividades físicas diárias”, frisa o médico.
Outra alternativa, de acordo com o cardiologista é a cirurgia bariátrica, porém, ela é indicada apenas para pacientes com IMC acima de 40 ou acima de 35 de IMC com fatores de risco associados.
Ele conclui dizendo que a melhor forma para evitar a obesidade é a prevenção por meio de alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos e sono de qualidade.
Para fazer uma consulta com o Dr. Sandro Franco, entre em contato com o Centro Integrado de Cardiologia (Cecord) do Hospital São Mateus pelos números: (65) 3642-3939 / 98134-2584.
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