Revoltados com o não-pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28%, líderes sindicalistas de várias categorias estão reunindo documentos para iniciar um processo de impeachment contra o governador Pedro Taques (PSDB). A revelação foi feita ontem (24), pelo presidente do Sindicato dos Servidores da Carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econômico e Social (Sindes), Adolfo Grassi.
“Nossa intenção é buscar o impeachment do governador. O que o governador está fazendo é a mesma coisa que a Dilma fez. Pagou sem ter lei. Se tivermos chance, vamos buscar o afastamento dele sim”, declarou o sindicalista.
Conforme Grazi, uma equipe jurídica está estudando medidas e reunindo documentos para que se possa identificar a possibilidade de pedir o impeachment de Taques.
Das 32 categorias representadas pelo Fórum Sindical, 27 permanecem em greve desde o dia 1º de junho devido à falta de acordo para o pagamento da RGA.
No decorrer das negociações para o repasse, o governo apresentou quatro propostas para os trabalhadores, a fim de estabelecer acordo para que retornassem ao trabalho, mas nenhuma delas foi aceita pelos grevistas.
As ofertas feitas pelo Estado foram classificadas como “afronta” aos servidores, que dizem que as propostas estão muito aquém do que eles têm direito.
A última das propostas está em projeto de lei, que já foi encaminhado para a Assembleia Legislativa (ALMT) e foi aprovado em uma primeira votação última quarta-feira (22) e seguirá para nova votação em sessão extraordinária que ocorrerá na segunda-feira (27).
A oferta apresentada pelo Estado, consiste no pagamento 6% da revisão geral em três parcelas. O governo condiciona os 5,28% restantes ao cumprimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
ADVOGADOS TAMBÉM
Este é o segundo grupo que quer o impeachment de Taques. No mês de maio, um grupo de advogados lançou um abaixo assinado eletrônico para requerer o afastamento de 17 governadores, entre os quais está Taques.
De acordo com a descrição do ato, os advogados querem o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP) para requerer o impeachment de tais governadores por supostas práticas de "pedaladas fiscais".
O grupo afirma que, como a OAB apoiou o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) para a investigação de suposto crime de responsabilidade fiscal, a mesma postura deveria ser tomada em relação aos governadores que também tenham adotado a prática.
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